Interior

02/05/2022 14:11

Mulher é gravada agredindo a mãe de 89 anos em Corumbá (vídeo)

Mulher negou as agressões para a polícia, mas disse que cuida da mãe e se sentia "exausta" pela função desempenhada

02/05/2022 às 14:11 | Atualizado 02/05/2022 às 14:30 Vinicius Costa e Itamar Buzzatta
Mulher agredia própria mãe, que era idosa - Reprodução/Diário Corumbaense

Um homem, 61 anos, denunciou a própria irmã por conta das agressões que vinha cometendo contra a sua mãe, uma idosa de 89 anos, na cidade de Corumbá, distante a 429 quilômetros de Campo Grande. O caso ganhou repercussão após um vídeo viralizar nas redes sociais neste domingo (1°).

A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência de maus-tratos. Ao tomar conhecimento da situação, encaminhou os irmãos para a Delegacia de Polícia Civil e, conforme o boletim de ocorrência, a autora negou os fatos, mesmo com o vídeo.

Porém, destacou que cuida da mãe e se sentia "exausta" pela função desempenhada. Ainda de acordo com o registro, não foi constatada nenhuma lesão aparente na idosa.

Ao site Diário Corumbaense, o irmão afirmou que não prestou depoimento e apenas assinaram um termo de compromisso, assim liberados.

Ele contou que foi retirar a mãe da casa e, quando voltou, a irmã já não estava mais na delegacia. "Quando voltei, já tinham liberado ela. É revoltante isso", disse.

Ao retornar para a casa, a mulher tentou arrombar o portão a chutes e com uso de uma alavanca.

O irmão ainda ressaltou que não tinha muito contato com a mãe por conta da própria irmã, que limitava os acessos. "Mas nós já tínhamos recebido informações de maus-tratos e, nesse domingo, consegui confirmar o fato". 

Ele completou dizendo que entrou com pedido de medida protetiva para a idosa e entrou com ação no Ministério Público.

Willian Rodrigues, delegado titular da Delegacia da Infância, Juventude e do Idoso, disse que continuará com as investigações, mesmo que o crime tenha sido registrado como maus-tratos.

"O delegado plantonista, com as informações que ele tinha naquele momento, classificou o crime como maus-tratos contra idoso, de menor potencial ofensivo. Ela assinou um termo de compromisso e foi liberada. Só que nada impede de haver mudança nessa classificação. Com as investigações, busca por mais circunstâncias, o crime cometido pode mudar. Pode ser violência psicológica, um crime de tortura... Então, a gente vai investigar para apurar todas as circunstâncias e ao final da investigação, definir qual crime foi cometido", concluiu.