17/04/2022 07:00
Por insegurança, mulheres recorrem à companhia para descer em pontos de ônibus desertos
Isso porque ocorrências de assaltos, estupros e agressões têm cada vez aumentado mais
Preocupados com a onda de violência e com a falta de segurança pública em bairros de Campo Grande, pessoas que trabalham, ou estudam, à noite precisam recorrer a companhias de amigos ou entes queridos para chegarem em casa.
Isso porque ocorrências de assaltos, estupros e agressões têm cada vez aumentado mais, principalmente em lugares ermos e de pouca iluminação.
O porteiro Luiz Gustavo, 36 anos, morador no bairro Taveirópolis, conta que sua esposa trabalha em um hipermercado da Capital, e sai todos os dias às 22h40. Sempre quando pode, ele a busca no ponto de ônibus. Em outros dias, em que ele está trabalhando, a mãe dele espera a nora no ponto.
Gustavo conta que no local não há posto policial, dificilmente há rondas da Guarda Municipal por ali, e isso faz com que as pessoas fiquem mais vulneráveis à ação de bandidos, principalmente as mulheres.
"Sempre que posso, venho buscar minha esposa no ponto de ônibus, pois tenho medo de alguém mal intencionado querer assaltar, ou fazer algum mal para ela. Quando não posso vir, minha mãe vem até aqui no ponto esperar por ela, mas jamais a deixamos ir sozinha, pois sabemos do perigo que é para uma pessoa andar sozinha à noite na região", descreve.
O ponto de ônibus onde Luiz costuma buscar sua esposa fica perto de uma pracinha, localizado entre a Marechal Deodoro e Avenida Tiradentes. Segundo ele, a iluminação é bem precária e fica muito escuro, o que desperta ainda mais a sensação de insegurança na região.
"No local não há policiamento e nem patrulhamento das forças de segurança. A falta de rondas policiais por aqui deixa as pessoas mais inseguras e facilita a ação dos bandidos. Por aqui já tivemos assaltos e, recentemente, até um tiroteio. Isso nos preocupa muito, não estamos seguros", complementa.
Em nota, a prefeitura informou que a reclamação será encaminhada para ser incluída na programação de serviços da Secretaria de Obras. A Polícia Militar também foi procurada pela reportagem, mas não retornou até o fechamento desta matéria. O espaço fica aberto para posicionamento.