Política

05/04/2022 15:00

Assim como Trutis, Gabriel Monteiro é acusado de forjar ataque a tiros contra carro

Envolvidos serão intimados novamente para prestar depoimento

05/04/2022 às 15:00 | Atualizado 05/04/2022 às 19:08 Antonio Bispo
Casos são bastante semelhantes - Flávio Marroso / CMRJ / Facebook

Mais uma denúncia contra o vereador Gabriel Monteiro surgiu, após ex-membros de sua equipe afirmarem que o político forjou um ataque a tiros, quando, à época, alegou ter sofrido atentado em Quintino (RJ), em 2021.

De acordo com o G1, as versões sobre o caso foram mudadas. Anteriormente, disseram que traficantes teriam atirado contra um carro utilizado pelo vereador, mas, agora, afirmam que não houve ataque algum.

Segundo os assessores, foram ouvidos tiros somente após a chegada de policiais militares, que foram acionados pelo próprio parlamentar. Antes, não houve nenhum disparo.

O veículo usado pelo vereador, na verdade, pertence a Robson Coutinho. O carro já chegou ao ponto da gravação com uma perfuração, mas, segundo os ex-assessores, provocada por um acidente, entre o automóvel e uma bicicleta. O guidão furou a lataria do carro.  

Na ocasião, Gabriel Monteiro chamou a perícia, porém, conforme as novas denúncias, antes dos peritos chegarem, dois disparos foram efetuados contra o automóvel, de propósito, para simular um ataque de traficantes.

Exemplo em Mato Grosso do Sul

Assim como no Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul também tem um parlamentar que passou pela mesma situação.

Em fevereiro de 2020, o deputado Federal Loester Trutis (PL/MS) informou que ele e sua equipe sofreram um atentado enquanto estavam a caminho de Sidrolândia.

Na ocasião, alegaram que o carro recebeu, ao menos, cinco tiros. Por se tratar de um parlamentar federal, a Polícia Federal esteve a frente do caso para investigar o suposto ataque.

Após investigações, os investigadores concluíram que um dos elementos que geraram suspeitas contra o deputado foi o fato dele ter explorado politicamente o atentado.

No relatório final emitido pela PF, fica comprovado, através de perícia técnica e contradições nos depoimentos, que toda a situação foi forjada.

"Não se verificou a existência de qualquer veículo automotor que pudesse estar realizando o acompanhamento do Deputado Federal e seu assessor, muito embora diversas imagens de câmeras de segurança, durante todo o percurso realizado, tenham sido analisadas".

"Conforme se observa do Laudo pericial, bem com das declarações de Loester, seria extremamente improvável que o parlamentar, na posição em que se encontrava no interior do veículo, não teria sido atingido por um dos disparos efetuados", apresentou a PF.