02/04/2022 07:00
Mãe faz rifa para levar bebê de Campo Grande para fazer cirurgia em São Paulo
Eduardo tem fissuras lábiopalatinas
Nathalia Antonio de Moura, 26 anos, está vendendo uma rifa para conseguir agilizar a cirurgia de fissuras lábiopalatinas para o filho Eduardo, de oito meses.
A família mora em Campo Grande e alega que o procedimento está suspenso pela falta de hospital.
“Profissional para fazer tem, mas não tem local. Meu filho está na fila de espera, ele é a criança número 201 que aguarda para passar pelo procedimento. Eu implorei por um encaminhamento para Campinas, consegui e, agora, preciso vender a rifa para conseguir levá-lo”, diz a Auxiliar de Saúde Bucal.
A mãe está rifando o valor de R$ 300. A criança faz acompanhamento na Funcraf (Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Crânio-Faciais), instituição filantrópica que atua prioritariamente nas áreas da saúde, do ensino e da pesquisa.
“Toda vez que vamos até lá, recebemos a informação de que as cirurgias continuam suspensas. Tem uma fila de 200 crianças esperando a cirurgia, tem casos mais graves que do meu filho. Antes essa cirurgia era realizada no Hospital São Julião, mas, com a pandemia, foi suspensa. Eles alegam que tem especialista disponível para fazer a cirurgia, mas não tem local para que ela seja realizada”, diz a mãe de Eduardo.
Nathalia descobriu que, em Campinas, o procedimento continua sendo realizado normalmente e implorou por um encaminhamento.
“Eu pedi, eles falaram que não poderiam dar. Tem crianças aqui que vem do interior, só para receber a resposta de que continua sem local para fazer a cirurgia e tem que esperar. Com a informação e que em Campinas estão realizando, eu exigi um encaminhamento, relutaram bastante, mas consegui. Só que agora, eu tenho que batalhar para levar ele. É um direito do meu filho fazer a cirurgia, mas nem estado, nem município ajudam nisso”, diz a mãe.
Para ajudar a mãe a levar o pequeno Eduardo para Campinas ligue (67) 9 9102-4524.