Polícia

21/03/2022 14:48

Criança de 2 anos é mais uma vítima de abusos de fonoaudiólogo em Campo Grande

Em uma de suas idas ao tratamento, criança mostrou resistência e não queria entrar na consulta com o profissional

21/03/2022 às 14:48 | Atualizado 21/03/2022 às 14:53 Vinicius Costa
Caso está sendo investigado pela Depca - Wesley Ortiz

A polícia descobriu que um menino de 2 anos é mais uma vítima de abusos cometidos pelo fonoaudiólogo Wilson Nonato Rabelo Sobrinho, 30 anos, em Campo Grande. O inquérito, o quinto desde o início das investigações, foi instaurado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

A vítima passou por um depoimento especial na delegacia e contou com a ajuda de uma equipe psicossocial, mas a informação é de que ele não conseguia verbalizar quais foram os abusos cometidos.

No entanto, há fortes indícios de que ele tenha ficado com algum trauma após esses abusos. Segundo o delegado Marcelo Damasceno, o menino mostrou resistência ao ser levado para uma consulta e não queria entrar na sala do profissional.

Para ter mais detalhes do caso, o inquérito será levado adiante e consequentemente este é o quinto contra o fonoaudiólogo Wilson. Além do flagrante do crime contra um menino de 8 anos, feito no início da noite do dia 9 de março, outras três crianças de 4, 5 e 8 anos foram abusadas pelo profissional.

Ainda de acordo com o delegado, a polícia está ouvindo uma lista de possíveis vítimas e, até o momento, pelo menos 20 crianças já foram ouvidas. Todas elas teriam passado por consulta com o fonoaudiólogo.

A expectativa é que o inquérito demore cerca de seis meses até que todas as famílias sejam ouvidas.

Prisão

Wilson foi preso em flagrante, na última quarta-feira (9), após denúncia dos pais de um menino de 8 anos. A criança contou sobre os abusos para a família, que a orientou a gritar e correr em caso de comportamento estranho.

“As quatro crianças confirmaram a violência sexual. Ele ofertava doces. Ele pedia para colocar a máscara no rostinho, nos olhos de uma das crianças. A conduta libidinosa normalmente é semelhante entre as vítimas, mas o enrolar da criança geralmente mudava. Usando a maneira lúdica para conseguir o que queria, ou seja, o abuso sexual”, explica a delegada.