Campo Grande

15/03/2022 19:20

Polícia deve ouvir mais vítimas que se consultaram com fonoaudiólogo na Capital

Pelo menos sete famílias de crianças atendidas pelo profissional, já foram ouvidas pela polícia

15/03/2022 às 19:20 | Atualizado 15/03/2022 às 23:58 Elizeu Ribeiro e Vinicius Costa
O caso ainda segue sob investigação da polícia - Wesley Ortiz

A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), deve ouvir nos próximos dias, uma lista de mais de 50 clientes que foram atendidas pelo Fonoaudiólogo, suspeito de abusar sexualmente de um menino dentro de um consultório, no dia 9 de março, em Campo Grande.

Pelo menos sete famílias de crianças atendidas pelo profissional, já foram ouvidas pela polícia, desde o dia do flagrante, até hoje.

Mais quatro possíveis vítimas ainda estão sendo investigadas, porém, uma delas 'aparamente está descartada', porque segundo a investigação, uma das crianças não teve contato direto com o fonoaudiólogo.

Segundo a mãe dessa criança, ela não se encaixava no “perfil de atendimento”.


O Caso

Fonoaudiólogo, de cerca de 30 anos, foi preso em flagrante, após um menino de oito anos, denunciar abuso sexual, no consultório, nesta quarta-feira (9), em Campo Grande.

A vítima fazia tratamento em razão de uma deficiência na fala e consultava com o profissional, há quatro meses.

Ainda conforme a denúncia, o menino assediado questionou o irmão mais velho, de dez anos, se era certo o profissional pegar no pênis dele. O maior então disse que não e deveriam contar aos pais.

A vítima e o irmão revelaram o caso e os pais ficaram desesperados e revoltados. Mãe e pai, diz Silvio, aproveitaram que o filho tinha uma consulta nesta quarta-feira e levaram o filho. A orientação é que o menino corresse, caso o fonoaudiólogo fizesse algo de errado.

‘’Deu 15 minutos e o menino saiu correndo, dizendo que o homem tinha pego no pênis dele’’, destacou Almeida.

‘’Quando a mãe do menino entrou, o profissional ficou de cabeça baixa e disse que não fez nada’’, completou o advogado.  

O advogado da família destaca que demais pacientes que estavam no consultório, presenciaram o menino gritando por socorro e acionaram a Polícia Militar. Os envolvidos foram para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. Lá, a vítima prestou depoimento especial junto de uma psicóloga.