15/02/2022 13:54
Professores rejeitam proposta de reajuste e Marquinhos diz que 'vai dar tudo certo'
ACP fez contraproposta e realiza concentração na próxima sexta-feira para pressionar
Diante do pedido de reajuste salarial dos professores da Rede Municipal de Campo Grande, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) afirma que “vai dar tudo certo”.
“Vai dar tudo certo [cantando]. Lembro aquele louvor para alegria da cidade e para a tristeza daqueles que torcem contra”, disse durante coletiva de imprensa no Paço Municipal, nesta terça-feira (15).
O prefeito propôs reajuste parcelado, sendo 5% em março e 5% em dezembro. Mas os professores recusaram em assembleia geral nesta terça-feira (15), na ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação)
O presidente da ACP, Lucilio de Souza, disse que a categoria está dando um passo positivo para o acordo, já que foi retirado de pauta o indicativo de greve, mas que uma contraproposta será entregue.
“A proposta do prefeito diz que ele entende a importância de pagar o piso. Mas fizemos contraproposta aproveitando essa [que o prefeito enviou], e colocamos os pagamentos de 5% março, mais 20.85% em maio, e os 5% de dezembro trouxemos para outubro.”
A diferença de 2015, de 2016 e 2020 que dá o total de 36.50%, a ACP aceita que seja paga de forma gradativa até 2024.
Compromisso
Marquinhos Trad assinou Termo de Compromisso concordando com a necessidade do piso salarial dos professores da REME, com carga horária de 20h semanais. O reajuste previsto é de 33,23%, que totaliza o valor base em R$ 3.845,34.
O presidente da ACP afirma que o reajuste é uma garantia conquistada há anos, mas que não vinha sendo cumprida.
Atualmente, um professor em início de carreira com carga horária de 20h ganha pouco mais de R$ 3 mil bruto, abaixo do que foi estabelecido pelo FUNDEB em 2020, que seria de R$ 3.349,56.
Veja a contraproposta aprovada pela assembleia da ACP:
- 5% - março/2022;
- 20,85% - maio/2022;
- 5% - outubro/2022.
- 36,29% - Prefeitura deve apresentar cronograma de cumprimento da Lei Municipal 5.411/2014, com integralização até 2024.
Na assembleia, os professores também definiram um dia de paralisação para sexta-feira (18). Na mesma data está agendada nova rodada de negociação entre prefeitura e sindicato, em reunião às 8h, na sede da prefeitura, para debater a contraproposta aprovada pela categoria e que a ACP protocola ao prefeito Marquinhos Trad, ainda nesta terça-feira.
Outra decisão da assembleia foi acrescentar à comissão de negociação da ACP, integrantes da base da categoria, que participarão das próximas reuniões, debatendo com o Executivo Municipal, juntamente com a direção do sindicato.
“Nossa categoria sabe o valor do nosso trabalho e da luta pela valorização. Não aceitamos ter nossa lei novamente desrespeitada e por isso estamos firmes na mobilização. A assembleia de hoje foi uma nova demonstração dos professores e professoras de Campo Grande de que tem união e força para fazer valer nossos direitos”, conclui a vice-presidente da ACP, professora Zélia Aguiar.