Política

13/02/2022 17:26

Lula já se prepara para encerrar projeto escolas cívico-militares após voltar a comandar o Brasil

Os núcleos temáticos da fundação apresentarão propostas concretas ao plano de governo de Lula em abril

13/02/2022 às 17:26 | Atualizado 13/02/2022 às 17:27 Dany Nascimento
Lula vence Bolsonaro no segundo turno - Ricardo Stuckert/Fotos Públicas

O grupo que aconselha a campanha de Lula na educação, pretende acabar com o projeto de escolas cívico-militares. A militarização das escolas é uma bandeira do governo Bolsonaro e alcançou 216 colégios públicos em 25 estados, desde 2019.

Segundo o site Metrópoles, o petista se reuniu na última terça-feira (8) com integrantes do núcleo de educação da Fundação Perseu Abramo, ligada à sigla. Entre eles, estava a deputada estadual de Pernambuco Teresa Leitão, responsável pela área de educação no PT. 

Os núcleos temáticos da fundação apresentarão propostas concretas ao plano de governo de Lula em abril. 

“O projeto das escolas cívico-militares fracassou”, resumiu ela, em conversa com a coluna. “O PT é contra esse projeto e com certeza não vai bancá-lo. Quem quer botar um filho ou filha em escola militar pode fazer isso com os colégios militares. O espaço físico das escolas públicas não pode ser ocupado por autoridades militares”, opinou.

Leitão reconhece, entretanto, que a iniciativa tem um apelo de combate à violência. “Há uma crise de autoridade das famílias. Algumas acham que uma escola assim vai moldar seu filho. Precisamos mostrar qual a melhor forma de fazer isso”, avaliou.

O projeto foi lançado em 2019 e chegou a 216 escolas em 25 estados. Ao ser transformada em uma unidade cívico-militar, a escola pública passa a empregar integrantes da Polícia Militar ou das Forças Armadas. As despesas são custeadas pelo governo federal.