Polícia

05/02/2022 13:30

Matheus pode ter planejado morte da mãe após brigas em casa

Viúvo de Marta Gouveia mudou-se de cidade após morte dela, e estranhou comportamento do enteado

05/02/2022 às 13:30 | Atualizado 05/02/2022 às 18:25 Rayani Santa Cruz
Acusado de assassinar a mãe pode ter planejado crime - Reprodução Jornal da Nova

Matheus Gabriel Gonçalves dos Santos, de 18 anos, preso suspeito de matar e estuprar a própria mãe, Marta Gouveia dos Santos, de 37 anos, no dia 23 de janeiro, pode ter planejado a morte da ciclista, após brigas em casa.

Conforme o Jornal da Nova, dois dias antes de Marta Gouveia aparecer morta, ela teve duas brigas seguidas com Matheus. No dia 20 e 21. A mãe chegou a ir à casa de uma das irmãs e desabafar sobre as discussões.

Entre os motivos das brigas estava o fato de Marta Gouveia planeja ir embora da cidade e não levar Matheus com ela.

Comportamento frio

O suspeito teria dito, no início das investigações, que ele era fruto de um amor proibido da mãe. Matheus Gabriel é filho do primeiro casamento de Marta.

Amigos de Marta Gouveia, que preferem o anonimato, relataram que no velório e sepultamento o jovem não demonstrava dor pela morte da mãe, a todo o tempo com risos e como se nada tivesse acontecido. Ele estava frio e falava que iria cuidar dos irmãos.

“Isso foi percebido por alguns familiares, mas ninguém queria comentar a respeito”, disseram.

Passados alguns dias, o atual marido de Marta Gouveia se mudou de Nova Andradina com medo das atitudes do enteado, largou a casa e foi para Dourados.

As investigações

A Polícia Civil indicou que dois dias depois da briga e 15 dias sem pedalar, Marta Gouveia foi fazer o passeio logo cedo no domingo (23). Antes de sair, às 5h45, ela enviou mensagens para uma amiga dizendo que iria pedalar e tinha combinado de almoçar juntas naquele dia. Assim a que a amiga acordou, por volta das 7h45, enviou mensagens para Marta, mas as mensagens não chegaram. 

Apenas a amiga e o filho sabiam do retorno de Marta Gouveia ao pedal. Até o trajeto que ela acostumava fazer Matheus sabia, tanto que, ajudou a realizar buscas pela mãe quando foi dada como desaparecida no dia do crime, informando os caminhos que ela poderia ter feito.

Na quebra de sigilo telefônico foi apurado que Matheus dias antes do da morte de Marta teria colocado o chip dele no celular da mãe e no dia do crime, por volta das 8h20, ele tirou e colocou no aparelho dele por volta das 13h30. Para a Polícia,  isso demonstra que ele foi calculista, teria planejado o crime.

O acusado teve diversas contradições, mas negou que matou a mãe.

Segundo a delegada da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) Daniella Oliveira, as investigações do respectivo caso não foram finalizadas e continuam em andamento.