01/02/2022 17:00
Filha de mulher torturada agradece prisão de ‘psicopata’ e resgate de irmãos
'Que ele conte toda a verdade e que todos os responsáveis paguem por isso', declarou a jovem
Érika Guimarães, filha de Francielle Alcântara, comemorou a prisão do suspeito de torturar e assassinar a mãe no dia 25 de janeiro, no Portal Caiobá, em Campo Grande. Também agradeceu aos policiais pela agilidade na investigação e resgate dos irmãos menores, de 1 e 17 anos.
“Eu quero muito agradecer a polícia civil, DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança) por ter tido tanto cuidado com tudo o que aconteceu, por ter sentido junto com a minha família toda nossa dor”, publicou no Facebook.
“[Agradeço] por termos conseguido pegar meu irmãozinho de volta e por terem prendido esse psicopata monstruoso. Que ele conte toda a verdade e que todos os responsáveis paguem por isso. Minha mãe deve estar feliz, [ele] vai ter o que merece”, completou.
O suspeito do assassinato, Adailton Freixeira da Silva, 46 anos, foi localizado na rodoviária de Cuiabá, no Mato Grosso, através de ação conjunta entre as polícias de Mato Grosso do Sul e a Polinter, no estado vizinho.
Adailton assassino em cana. Polícia pegou o homem que torturou e matou FrancielleAdailton assassino em cana. Polícia pegou o homem que torturou e matou Francielle. Adailton fugiu logo após a morte de Francielle. Imagens de câmeras de segurança o flagraram deixando a casa da família em uma moto. Foi pego nesta tarde. Imagens obtidas pelo TopMídiaNews
Posted by TopMídia News on Monday, January 31, 2022
Adailton é acusado de torturar Francielle Alcântara, 36 anos, até a morte. Ela passou quase um mês em cárcere privado, e faleceu com as nádegas já em carne viva de tanto apanhar.
Segundo o delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro, Francielle era agredida em razão de suposto adultério, não comprovado. Ela teve os dentes quebrados pelo marido, lesões por faca e cabelo cortado. O ferimento mais grave causado por Adailton chocou até a polícia.
"As nádegas dela estavam em carne viva. Ela não tinha mais pele no local, estava já na camada de gordura. Ela usava bandagem na roupa para poder sentar", disse o delegado.
O delegado, que atua na 6ª DP, no Tijuca, conta que em 11 anos de carreira, nunca tinha visto tanta barbárie. Ela também foi alvo de facadas nas costas e surras.
‘’Foi estarrecedor. Nunca vi algo que me chamasse a atenção desse jeito’’, reflete Kettenhuber.
A investigação conseguiu encontrar a bandagem usada pela vítima, além de vários objetos usados para torturar Francielle. Entre eles está um pedaço de madeira com uma cordinha, onde o suspeito asfixiava a vítima.