Interior

29/01/2022 16:55

Morte de onças exige medidas para evitar atropelamentos em rodovias em MS

Tragédias em animais chegam aos dois dígitos no estado, sendo que desde 2016 foram 13 mortes registradas de onças-pintadas

29/01/2022 às 16:55 | Atualizado 29/01/2022 às 17:09 Vinicius Costa
Atropelamento de onças viraram rotina em MS - Instituto Homem Pantaneiro

A quantidade de mortes registradas nos últimos anos de onças-pintadas em rodovias sul-mato-grossenses fez com que o IHP (Instituto Homem Pantaneiro) pedisse medidas que evitassem mais atropelamentos.

O último registro foi feito nesta sexta-feira (28), quando o instituto encontra uma onça-pintada morta, vítima de atropelamento, na BR-262, entre os municípios de Miranda e Corumbá.

A onça-pintada foi recolhida pelo instituto e depois levada até a PMA (Polícia Militar Ambiental). Mas esse não foi o único caso, desde 2016 foram 13 onças mortas somente nessa rodovia, além de outros acidentes envolvendo animais silvestres.

“Lamentavelmente, estamos assistindo todos os dias a morte de animais silvestres e, certamente, em muitos lugares já não é possível avistá-los, porque a mão humana, com seus diferentes interesses, não consegue estabelecer uma convivência harmoniosa, respeitosa e que possa assegurar, de fato, que possamos continuar tendo a possibilidade de ver animais, como estes, vivos e livres na natureza”, afirma o presidente do IHP, coronel  Ângelo Rabelo.

Nos últimos anos, o IHP tem se dedicado a buscar parcerias em prol da preservação e conservação das espécies que circulam na região da rodovia. Ainda assim, as conversas não evoluem e, enquanto isso, todos os dias são registrados casos de atropelamentos de animais na rodovia.

Com o baixo nível do Rio Paraguai, em especial no último ano, praticamente toda a demanda da hidrovia migrou para o sistema rodoviário, o que fez aumentar o fluxo de veículos - principalmente os de grande porte - na BR-262. No mesmo período, porém, nenhuma medida de mitigação foi adotada.