Se depender da vontade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o nome da ex-presidente Dilma Roussef é carta fora do baralho para possível embate ao cargo de governante do país nas próximas eleições, em outubro deste ano.

Na visão do petista, existe um carinho e respeito muito grande entre ambos, mas tratou de desconversar sobre um possível papel em seu eventual governo, caso fosse eleito nas disputas presidenciais.

"O tempo passou, tem muita gente nova no pedaço e eu pretendo montar o governo com muita gente nova, muita gente importante e com muita experiência também. A Dilma é uma pessoa pela qual eu tenho o mais profundo respeito e carinho. A Dilma tecnicamente é uma pessoa inatacável, tem uma competência extraordinária. Onde ela erra, na minha opinião, é na política", disse Lula à rádio CBN Vale do Paraíba.

A afirmação do ex-presidente é justamente por entender que Dilma não teria paciência e nem traquejo para suportar a pressão política neste momento.

"Ela não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar, para ouvir as pessoas, para atender as pessoas mesmo quando você não gosta do que as pessoas estão falando. Eu sou daqueles políticos que se o cara estiver contando uma piada que eu já sei, não vou dizer que já sei essa, não, conta outra vez. Tudo bem, se for necessário rir (...). Nisso eu acho efetivamente que cometemos um equívoco pela pressão em cima da Dilma", ressaltou.

Sobre a eventual chapa com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como vice, Lula afirmou que ela depende da escolha do ex-tucano sobre em qual partido deverá se filiar. Alckmin mantém conversar mais avançadas com o PSB, mas foi convidado, também, pelo PSD de Gilberto Kassab.