Polícia

17/12/2021 13:30

Advogado é preso após chamar caixa de supermercado de “preta” e “fedorenta” (vídeo)

O advogado foi preso por injúria racial e tentou negar as acusações gravadas em vídeo

17/12/2021 às 13:30 | Atualizado 17/12/2021 às 12:24 Rayani Santa Cruz
Advogado gesticulava e ofendia as funcionárias - Reprodução vídeo

Imagens do circuito interno de câmeras de segurança registraram o momento em que o advogado Everardo Braga Lopes, 60 anos, dispara palavras de injúria contra  a funcionária de um supermercado de 25 anos. Ele a chamou de “preta” e “fedorenta”, no comércio do DF, na quarta-feira (15). As informações são do Metrópoles.

O caso ocorreu em uma loja localizada no Itapoã. A vítima alegou que foi humilhada após pedir para o autor usar máscara. Revoltado, ele xingou a mulher de “nojenta”, “preta” e “fedorenta”.

A vítima relatou que trabalha como fiscal de caixa em um atacadista. Por volta das 16h, o advogado entrou no supermercado sem máscara de proteção facial, razão pela qual foi orientado por funcionários do estabelecimento a colocá-la.

A jovem lembra que, nesse primeiro momento, houve alteração por parte do autor, que passou a questionar preços de produtos da loja. Ao tentar adquirir uma mercadoria, Everardo Lopes passou a ofender a funcionária. Segundo a vítima, ele começou a “passar as mãos nos braços, dando a entender que ela seria pessoa de cor”. Outra funcionária também foi alvo dos ataques. Testemunhas relataram à polícia que ele chegou a se apresentar como juiz.

Durante a discussão, os funcionários alegaram que o advogado chegou a puxar a máscara da jovem, que estava no caixa, e disse: “Você tem focinho feio”, “seu bafo está fedendo” e “tem dente podre”. Ele também passava os dedos no braço, mostrando que “a cor dele era superior”.

Ainda conforme o Metrópoles, o advogado, entretanto, afirma que não ofendeu a honra da funcionária e negou todas as acusações. Também negou que tenha se apresentado como juiz, explicou que “apenas brincou sobre isso”. Acrescentou que chegou a chamar uma jovem de “vagabunda” e defendeu que falar que “uma pessoa é preta não é racismo”.

Aos policiais, ele também disse que chegou a chamar a vítima de “Fiona” e que ela tinha “boca preta”. Everardo Lopes ficou detido na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) e passará por audiência de custódia.

Veja o vídeo: