14/12/2021 17:53
Idosa foi baleada por dívida de R$ 500 do filho com agiota no Coophatrabalho
Carro usado era de um amigo de infância e nova ameaça da dívida foi feita contra a vítima após o crime
A idosa, de 73 anos, baleada de raspão na cabeça no início da manhã desta terça-feira (14), no bairro Coophatrabalho, foi alvo de uma cobrança de R$ 500 feita por um agiota, de 27 anos e a dívida era do filho dela, de 38 anos.
Segundo informações, o filho tinha conhecimento da dívida e afirmou para a polícia que conheceu o agiota em seu trabalho em um hospital de Campo Grande.
Na investigação inicial relatada no boletim de ocorrência, o agiota estava com mais duas pessoas no carro, um Golf de cor branca, flagrado por câmeras de segurança da rua em que tudo aconteceu.
Após efetuar os disparos e proferir ameaças, o agiota encaminhou várias mensagens pelo WhatsApp para a vítima, mas que não foram respondidas. Momentos mais tarde, o autor ainda chegou a fazer uma ligação para o homem questionando se era verdade que os tiros atingiram a mãe do rapaz.
A Polícia Civil passou a fazer diligências para tentar encontrar o agiota e os outros suspeitos após terem a identificação do carro, placa e características do autor, quando receberam a informação que o carro estaria no bairro Alves Pereira.
No local, um amigo explicou para a equipe policial que emprestou o carro para seu amigo de infância, pois ele havia dado o argumento que "iria fazer uma cobrança com o veículo, que se não recebesse pegaria uma moto de quem estava o devendo". Mesmo com as falas, o dono do veículo não imaginou que ele seria usado para a prática do crime.
Ainda em conversa com a polícia, o amigo explicou que o agiota tinha uma pistola modelo G2C Taurus e estaria comprando outras armas. Como forma de ajudar a polícia, a testemunha levou a Polícia Civil até o endereço do que poderia ser a casa do autor dos disparos e lá encontrou a esposa dele.
A esposa declarou que seu marido havia dito que iria fazer fisioterapia, mas levou a equipe de autoridades para a sua casa e mostrou o cofre que seu marido tinha e escondia a arma, contudo, não sabia informar qual seria a senha do objeto.
Horas após a investigação e a tentativa de homicídio, o agiota ainda encaminhou uma mensagem para o aplicativo de mensagens da vítima dizendo "e aí, vai pagar?", como uma tentativa de receber seu dinheiro.
O caso é investigado pela 7° Delegacia de Polícia Civil e o boletim registrado como disparo de arma de fogo e homicídio simples na forma tentada.