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10/12/2021 14:37

Lula ataca Bolsonaro e Moro em entrevista para jornal argentino

Ex-presidente fez críticas aos dois possíveis candidatos à presidência em 2022

10/12/2021 às 14:37 | Atualizado 10/12/2021 às 13:18 Antonio Bispo
O ex-presidente criticou os possíveis candidatos à presidência em 2022 - Fabio Rodrigues Pozzebom/ agência Brasil

Durante uma entrevista ao jornal argentino Página 12, o ex-presidente e possível candidato à presidência do Brasil em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva, atacou os rivais que poderão concorrer com ele no próximo ano.

De acordo com o site UOL, embora Lula e Bolsonaro não tenham, ainda, confirmado a pré-candidatura ao cargo de presidente da República, o tom do petista foi de rivalidade.

"São dois personagens muito comprometidos com a extrema-direita e, no caso de Moro, ele é um personagem perigoso: quando era juiz, ele ousou mentir em um julgamento para me condenar e me levar à prisão para impedir que eu fosse eleito presidente em 2018", afirmou Lula.

De acordo com Lula, Moro e Bolsonaro  vão "lutar entre si para ver quem vai para o segundo round com o PT", em um possível segundo turno nas eleições do próximo ano.

"Não sei se é percebido na Argentina, mas aqui sou a pessoa mais censurada do planeta Terra. Qualquer candidato além do PT, que tem 1% nas pesquisas, aparece mais na televisão do que Lula, que tem 46% ou 47% dos votos", afirmou.

O ex-presidente aproveitou para falar da rejeição do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que segue subindo nas pesquisas realizadas no país, e descartou a possibilidade de não ser reconhecido como presidente caso seja eleito em 2022.

 "O que vai acontecer no Brasil é um golpe democrático: uma grande maioria do povo brasileiro rejeitará Bolsonaro e elegerá um candidato progressista. Espero que seja eu. O povo brasileiro se lembra de nosso legado. Estou convencido de que vamos vencer", afirmou

O jornal argentino tratou Lula como "pré-candidato" ao governo brasileiro, além de destacar que ele é "o candidato presidencial favorito para as eleições de outubro".