Retrospectiva 2021

20/12/2021 17:00

Atletas paralímpicos de MS fizeram história no Japão ao conquistar medalhas de ouro

Sul-mato-grossenses ajudaram o Brasil a ter o melhor desempenho na história das paralímpiadas

20/12/2021 às 17:00 | Atualizado 20/12/2021 às 15:40 Vinicius Costa
Os três sul-mato-grossenses que fizeram história no Japão - Miriam Jeske/CPB

A delegação paralímpica do Brasil desembarcou em agosto no Japão com uma missão: superar o melhor desempenho até então registrado na história das Paralímpiadas, feito conquistado na edição de 2016, no Rio de Janeiro.

Para contribuir e ajudar a fazer história, atletas sul-mato-grossenses decidiram "roubar a cena" e conquistar pelo menos quatro ouros no atletismo, paracanoagem e no salto em distância.

Essas quatro medalhas do lugar mais alto do pódio ajudaram o Brasil a ter o melhor desempenho com 72 medalhas, tendo um número maior de ouro do que a edição no país brasileiro há cinco anos: 22 contra 14 naquela época.

Como uma forma justa de homenagear os guerreiros que fizeram história ao lado de atletas consagrados e importantes do cenário esportivo, o TopMídiaNews relembra as principais conquistas dos sul-mato-grossenses.

A primeira estrela a brilhar no maior evento esportivo do mundo foi o campo-grandense Yeltsin Ortega Jacques, de 29 anos. O paratleta foi fundamental nas competições de atletismo ao conquistar duas medalhas de ouro e quebrar recordes.

Sua primeira medalha foi nos 5.000 metros rasos da classe T11 - atletas com deficiência visual, com baixa ou nenhuma visão, no dia 26 de agosto. Na ocasião, Yeltsin fechou a prova com 15min13s12, melhor marca das Américas.

100° medalha do Brasil

O campo-grandense ainda escreveu mais um capítulo da linda história que foi as paralímpiadas em solo japonês. Ele foi o responsável por garantir a centésima medalha de ouro da história do Brasil na competição ao vencer os 1.500 metros rasos com quebra no recorde mundial.

Jacques conquistou o lugar mais alto do pódio com a marca de 3min57s60, superando a marca daquela prova que era de Samwel Kimani, na Paralímpiada de Londres, em 2012, com a minutagem de 3min58s37.


Yeltsin foi o primeiro a conquistar uma medalha. (Foto: Miriam Jeske/CPB)

Quem mandou bem nas pistas de atletismo também foi a três-lagoense Silvânia Costa de Oliveira, de 41 anos. A atleta garantiu uma medalha de ouro no salto em distância e deixou um gostinho de emoção ao garantir o lugar mais alto do pódio.

Diferentemente do Rio de Janeiro, quando ela garantiu o ouro na última tentativa, a sul-mato-grossense não deixou para o final e logo conquistou o primeiro lugar na sua quinta tentativa, quando anotou cinco metros de distância, sua melhor marca.

Silvânia também competiu na prova dos 400 metros (classe T11), mas abandonou a segunda classificatória alegando dores na parte posterior da coxa, por conta do esforço físico nos seis saltos, e ficou de fora das finais.

Na água fomos bem

Das pistas para as águas, o 'Cowboy de Aço' também brilhou e fisgou uma medalha de ouro para Mato Grosso do Sul e, principalmente, o Brasil. O atleta de paracanoagem Fernando Rufino de Paulo brilhou nos 200 metros na classe VL2 - canoa havaiana para atletas com deficiência física.

Ele é o responsável por alcançar o maior feito da paracanoagem brasileira até hoje em Jogos Paralímpicos. De quebra, ainda, Rufino participou pela primeira vez e logo de cara trouxe um ouro.

Além disso, o paratleta, nascido em Eldorado e criado em Itaquiraí, fez o melhor tempo da história da prova, com a marca de 53s077, disputada nas raias do Sea Forest Waterway.