05/11/2021 09:22
Jovem ameaça expor conversa íntima entre marido e padre e vai presa
Mulher de 27 anos cometeu crime de extorsão ao exigir R$ 20 mil de padre para que conversas entre ele e o marido dela não fossem divulgadas
Uma jovem de 27 anos foi presa em flagrante por extorquir um padre, de 50 anos, integrante da Diocese de Catanduva, no interior de São Paulo. A mulher teria começado as ameaças em junho deste ano, após flagrar conversas íntimas entre o sacerdote e o marido dela.
Segundo o Metrópoles, o padre chegou a pagar R$ 3 mil na primeira extorsão para que a mulher não divulgasse uma troca de mensagens íntimas entre ele e o marido da suspeita. Porém, sem ter como pagar o valor de R$ 20 mil exigido em setembro, o religioso levou a denúncia até a polícia. Ela foi presa no dia 15 de outubro.
“A princípio ela exigia que a vítima [padre] passasse um PIX de tal valor a ela, mas como a vítima disse que não possuía tal recurso de transferência, ela disse, via WhatsApp, que pegaria o dinheiro direto com a vítima”, consta no boletim de ocorrência verificado pela TV Tem.
Seguindo as orientações dos policiais, o padre combinou entregar o dinheiro para a mulher, que enviou um mototaxista para retirar o valor na casa do religioso. Os policiais acompanharam o mototaxista de volta até o trabalho da suspeita e a prenderam em flagrante quando ela pegou o envelope, que deveria conter o pagamento da extorsão.
Investigação
A mulher, que confessou ter feito as ameaças, vai responder pelo crime de extorsão. A pena prevista é de quatro a 10 anos de detenção. A suspeita foi levada para a cadeia de Catanduva, no entanto, um dia após a prisão, recebeu liberdade provisória com medidas cautelares.
A jovem está proibida de entrar em contato com o padre e deve comparecer mensalmente ao Fórum. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), o caso é investigado, sob segredo de Justiça, por meio de inquérito policial instaurado pela Delegacia de Pindorama. As autoridades ainda estão realizando diligências para esclarecer as denúncias.
Já a Diocese de Catanduva afirmou que não está envolvida no caso, mas se coloca à disposição para contribuir e sempre auxiliar a Justiça.
“Além disso, esclarece que sempre orienta os seus membros a atuarem com transparência em seus atos e comunicar às autoridades competentes de quaisquer ilícitos que forem constatados, seja no ministério da evangelização ou nos atos privativos de seus membros, complementou a diocese.