03/11/2021 09:28
Homem perde emprego por se fantasiar de goleiro Bruno e zombar de morte de Eliza Samúdio
A mãe da modelo confirmou que vai processar o rapaz
Um tatuador foi demitido do estúdio em que trabalhava em Manaus após aparecer fantasiado de goleiro Bruno e zombar do assassinato da modelo Eliza Samúdio.
Ele vestiu uma camiseta do Flamengo, com o nome do goleiro nas costas e segurava um saco de lixo com o nome de Eliza.
A foto foi publicada no Instagram da casa de shows "Porão do Alemão" e logo repercutiu nas redes sociais. A empresa apagou a imagem e pediu desculpas pela publicação.
De acordo com o site Uol, com a repercussão, o estúdio de tatuagem "El Cartel Tatuaria" também foi às redes anunciar que identificou o homem da foto e resolveu demiti-lo.
"O estúdio não compactua com qualquer forma de incitação à violência contra a mulher. Deixando bem claro que o colaborador foi demitido, não fazendo mais parte do quadro de funcionários", escreveu o "El Cartel Tatuaria". Mais tarde, o estúdio comandado pelo tatuador Giovane Araújo afirmou que o homem demitido era sócio e que a parceria foi desfeita após a publicação da imagem.
Sonia Moura, mãe de Eliza Samúdio, afirmou que vai buscar a Justiça para a reparação do dano à imagem da filha. "Isso não vai ficar assim. Vou tomar providência quanto a isso. Além da minha dor, existe a dor do meu neto, que é uma criança de 11 anos que não tem voz ainda, que não tem como defender a mãe", afirmou ela.
Bruno foi condenado a 22 anos de prisão pelo, sequestro, cárcere privado, assassinato e ocultação do corpo de Eliza Samúdio, com quem ele teve um filho. O crime ocorreu em 2010, e Eliza nunca foi encontrada. O garoto, hoje com 11 anos, vive com a avó.
A foto foi tirada durante as comemorações do Halloween. Ao tirar a imagem do ar, o "Porão do Alemão", casa que pertence a um vereador de Manaus, afirmou que a postagem foi feita por um estagiário de 20 anos. O funcionário, que teria alegado não conhecer os detalhes do crime, também foi afastado.
Sonia afirma ter ficado indignada com o desrespeito à memória de sua filha e teme o impacto que esse tipo de exposição possa ter em seu neto.
"Ele está em transição pra adolescência. É um momento complicado da vida dele, e as pessoas querem fazer o quê? Querem plantar raiva, ódio nele? Daqui a pouco vão fazer comparação dele com o pai. Eu tento preservar ele dessas coisas, não alimento ódio, nem mágoa do pai. Mas pra quê? Pra surgirem pessoas desse tipo e fazerem o que estão fazendo?"