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03/11/2021 09:28

Homem perde emprego por se fantasiar de goleiro Bruno e zombar de morte de Eliza Samúdio

A mãe da modelo confirmou que vai processar o rapaz

03/11/2021 às 09:28 | Atualizado 03/11/2021 às 08:57 Dany Nascimento
Reprodução/Redes Sociais

Um tatuador foi demitido do estúdio em que trabalhava em Manaus após aparecer fantasiado de goleiro Bruno e zombar do assassinato da modelo Eliza Samúdio. 

Ele vestiu uma camiseta do Flamengo, com o nome do goleiro nas costas e segurava um saco de lixo com o nome de Eliza.

A foto foi publicada no Instagram da casa de shows "Porão do Alemão" e logo repercutiu nas redes sociais. A empresa apagou a imagem e pediu desculpas pela publicação.

De acordo com o site Uol, com a repercussão, o estúdio de tatuagem "El Cartel Tatuaria" também foi às redes anunciar que identificou o homem da foto e resolveu demiti-lo.

"O estúdio não compactua com qualquer forma de incitação à violência contra a mulher. Deixando bem claro que o colaborador foi demitido, não fazendo mais parte do quadro de funcionários", escreveu o "El Cartel Tatuaria". Mais tarde, o estúdio comandado pelo tatuador Giovane Araújo afirmou que o homem demitido era sócio e que a parceria foi desfeita após a publicação da imagem.

Sonia Moura, mãe de Eliza Samúdio, afirmou que vai buscar a Justiça para a reparação do dano à imagem da filha. "Isso não vai ficar assim. Vou tomar providência quanto a isso. Além da minha dor, existe a dor do meu neto, que é uma criança de 11 anos que não tem voz ainda, que não tem como defender a mãe", afirmou ela.

Bruno foi condenado a 22 anos de prisão pelo, sequestro, cárcere privado, assassinato e ocultação do corpo de Eliza Samúdio, com quem ele teve um filho. O crime ocorreu em 2010, e Eliza nunca foi encontrada. O garoto, hoje com 11 anos, vive com a avó.

A foto foi tirada durante as comemorações do Halloween. Ao tirar a imagem do ar, o "Porão do Alemão", casa que pertence a um vereador de Manaus, afirmou que a postagem foi feita por um estagiário de 20 anos. O funcionário, que teria alegado não conhecer os detalhes do crime, também foi afastado.

Sonia afirma ter ficado indignada com o desrespeito à memória de sua filha e teme o impacto que esse tipo de exposição possa ter em seu neto.

"Ele está em transição pra adolescência. É um momento complicado da vida dele, e as pessoas querem fazer o quê? Querem plantar raiva, ódio nele? Daqui a pouco vão fazer comparação dele com o pai. Eu tento preservar ele dessas coisas, não alimento ódio, nem mágoa do pai. Mas pra quê? Pra surgirem pessoas desse tipo e fazerem o que estão fazendo?"