03/11/2021 17:00
Mortos pela polícia eram '25 votos garantidos', dispara deputado bolsonarista
O parlamentar de forma "não tão velada" contabilizou que os 25 votos dos bandidos mortos seriam dados ao PT ou partidos de esquerda
Em mais uma publicação polêmica, o deputado estadual Coronel David (sem partido), bolsonarista roxo, sugeriu que os 25 bandidos mortos durante operação da Polícia em Minas Gerais contabilizam menos 25 votos a partidos como o PT ou de esquerda.
"Tem gente aí que perdeu 25 votos garantidos", disse David em trecho da publicação, que se referia a operação da Polícia mineira que deixou 26 membros de uma quadrilha especializada em roubo de bancos mortos. Fuzis, munições e diversas outras armas foram apreendidas.
(Coronel David comemorou ação policial. Foto: Facebook/ Coronel David)
David não disse explicitamente que as perdas de votos seriam ao PT, mas como o candidato faz oposição ferrenha ao partido, e bolsonaristas tentam associar bandidos e ladrões ao partido, quem viu a publicação entendeu dessa forma.
Além disso, David é "filho da segurança pública" onde chegou ao posto de Coronel pela Polícia Militar de MS, e segue fielmente o presidente Jair Bolsonaro. O presidente já falou por diversas vezes que o PT é composto por bandidos", dessa forma o recado ficou um tanto mais claro.
Bolsonaro já chamou o ex-presidente Lula de "bandido que não tem um dedo", "bandido que não pode andar na rua" e frases como: "vamos varrer esses bandidos vermelhos do Brasil".
O deputado Coronel David teve o post comentado por diversos seguidores que parabenizaram a ação da Polícia.
Patrick do Amaral comentou que a Polícia deveria receber melhor salário pelo trabalho e não entendia sobre a desvalorização. Em resposta, o internauta Edson Elias também culpou partidos de esquerda.
“É porque os políticos do PT PSOL PC do B, REDE, lixo dos direitos dos manos defendem estes criminosos é só por isto e você não está entendendo, ok.”
David já protagonizou, por exemplo, diversas discussões com o deputado Pedro Kemp (PT) durante sessão da Assembleia Legislativa. Sempre quando o tema é política nacional, os dois entram em embate. Da última vez, o bolsonarista mandou o petista calar a boca, ao ser interrompido durante a fala.