02/11/2021 18:10
Deputados de MS culpam Bolsonaro por aumentos seguidos no combustível
Presidente anunciou de forma extraoficial mais um reajusta para daqui 20 dias
Os deputados federais Fábio Trad (PSD) e Vander Loubet (PT), culparam o presidente Jair Bolsonaro pelos aumentos consecutivos de preços nos combustíveis. Os dois enfatizam que se Bolsonaro não tenta resolver a raíz do problema que é: a política de preços da Petrobrás, e insiste em culpar imposto estadual.
Para o deputado Fábio Trad, o presidente fracassa sempre na resolução de problemas, seja culpando outros poderes, ou mesmo dando ideias bizarras.
"O que tem em comum o tal voto impresso e a privatização da Petrobrás? Toda vez que Bolsonaro lida com um grave problema que seu governo não consegue resolver, lança uma falsa solução para escamotear o fracasso. É o mesmo método diversionista. Só cai quem quer ou quem lucra!"
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (1º), em entrevista coletiva concedida na Itália, após reunião do G20, que a Petrobras vai anunciar um novo reajuste nos preços dos combustíveis nos próximos 20 dias. “Estou acompanhando, estamos acompanhando. Agora, uma notícia que dou para vocês, eu tenho pressa, a Petrobras já anuncia, eu sei extraoficialmente, novo reajuste daqui a uns 20 dias.”
Para Vander Loubet, o presidente erra muito na gestão ao culpar governadores e impostos estaduais pelos aumentos.
"Esse desgoverno gosta de falar que é patriota, mas mantém a política de preços da Petrobras alinhada aos estrangeiros enquanto tenta jogar a culpa pelos aumentos no ICMS e nos governos estaduais", disse o deputado Fábio Trad
Para o petista "quem ganha" são acionistas, na maioria estrangeiros.
"Esse é o desgoverno Bolsonaro. Logo após autorizar mais um reajuste nos preços da gasolina e do diesel, celebra o aumento nos lucros da Petrobras e aumenta o repasse de dividendos para os acionistas (a maioria, estrangeiros)."
Congelamento do ICMS
Na semana passada, o Confaz (Conselho Nacional de Polícia Fazendária aprovou congelamento do ICMS em todos os estados durante 90 dias a valer de 1º de novembro.
A ideia é reduzir o preço cobrado na venda de combustíveis.
Em Mato Grosso do Sul, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou que o Estado está com a alíquota do ICMS congelada há nove meses, ou seja, não houve reajuste nesse imposto durante esse período.
Reinaldo também já demonstrou indignação com as declarações de Bolsonaro culpando os governadores pela cobrança de ICMS sob o combustível.