O Ministério Público Estadual de Dourados ainda investiga o PAM (Posto de Assistência Médica) após denúncias de falta de equipamento de Raio-X, falta de medicamentos, mal atendimento e sucateamento do local. As irregularidades foram constatadas em 2017 ainda na gestão da ex-prefeita Délia Razuk (PTB).

O inquérito civil foi aberto em 20 de março de 2017 para averiguar as condições dos serviços médicos oferecido pelo PAM,  especialmente ante a suspeita de precariedade da estrutura, falta de material básico de trabalho e insuficiência de recursos humanos. A ação foi aberta depois de matéria publica no jornal O Progresso e reclamações realizadas ao MPE por  diversos pacientes, que enviaram reclamações e fotos. 

O MP tem como requeridas a Prefeitura Municipal de Dourados e a Secretaria Municipal de Saúde de Dourados e desde então, idas até o local para fiscalização e reuniões foram realizadas. Um médico neurologista da unidade confirmou as denúncias e disse que a falta de material era constante, além de superlotação em corredores e falta de acessibilidade.

O servidor ainda chegou a sugerir que havia “funcionários fantasmas” no local, fato que foi averiguado pelo MP. 

Para melhorar a estrutura, a ex-prefeita iniciou reforma em 07/01/2019 que se estendeu durante longos meses .

A herança de Délia Razuk caiu no colo do prefeito Alan Guedes (PP), eleito em 2020, e a nova gestão iniciou novas tratativas através de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para regularizar o PAM. 

A Prefeitura de Dourados solicitou o arquivamento do inquérito em 25 de agosto deste ano e justificou que já iniciou medidas para dar as devidas condições ao local. A 10ª Promotoria de Justiça dos Direitos Constitucionais do Cidadão da comarca de Dourados prorrogou a conclusão do inquérito em mais 365 dias, desde o mês de abril.

O que diz a prefeitura de Dourados

Questionamentos acerca do inquérito e possíveis soluções foram encaminhados a assessoria de comunicação da prefeitura e assim que houver resposta será inserida no texto.