há 3 anos
Mato Grosso do Sul lidera ranking de estupro contra crianças
No Brasil, por exemplo, mais de 179 mil casos de estupro e estupro de vulnerável foram registrados entre o período de 2017 e 2020
Mato Grosso do Sul esteve em evidência nesta sexta-feira (22), mas de forma negativa ao liderar o ranking com a pior taxa de vítimas de estupro. Para cada 100 mil habitantes, o estado conta com 186 casos de estupro.
No Brasil, por exemplo, mais de 179 mil casos de estupro e estupro de vulnerável foram registrados entre o período de 2017 e 2020. De acordo com um cálculo feito pelo Metrópoles, o país teve uma média de 122 casos por dia.
“Analisando mês a mês, observamos que, em relação aos padrões históricos, a queda se deve basicamente ao baixo número de registros entre março e maio de 2020 – justamente o período em que as medidas de isolamento social estavam mais fortes no Brasil. Esta queda provavelmente representa um aumento da subnotificação, não de fato uma redução nas ocorrências”, aponta o panorama.
Os números são do “Panorama da violência letal e sexual contra crianças e adolescentes no Brasil” (leia a íntegra abaixo), publicado nesta sexta-feira (22/10) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
No perfil das vítimas, os dados identificaram que 86% dos casos são no público feminino e 14% no sexo masculino. Além disso, 55% das vítimas são brancas, 44% negras e 0,6% de outras raças e cor.
“A grande maioria das vítimas de violência sexual é menina. Para elas, um número muito alto dos casos envolve vítimas entre 10 e 14 anos, sendo 13 anos a idade mais frequente. Para os meninos, os casos de violência sexual concentram-se especialmente entre 3 e 9 anos”, detalha o panorama.
O estudo aponta que nos casos em que as vítimas são adolescentes de 15 anos ou mais, as meninas representaram mais de 90% dos casos. “A maioria dos casos de violência sexual ocorre na residência da vítima e, para os casos em que há informações sobre a autoria dos crimes, 86% dos autores eram conhecidos das vítimas”, completa.