Cidades

05/10/2021 13:48

Sindicato apela para bancada de MS evitar demissões de frentistas

A entidade encaminhou um ofício pedindo apoio para tentar barrar a proposta de bomba de autoatendimento que foi pelo deputado Kim Kataguiri

05/10/2021 às 13:48 | Atualizado 05/10/2021 às 14:25 Vinicius Costa
Frentistas poderão perder emprego com avanço de emenda - André Lessa/Exame

O Sinpospetro-MS (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Mato Grosso do Sul) decidiu apelas para deputadores e senadores de Mato Grosso do Sul para evitar a demissão em massa de frentistas com a possível adesão de bombas de autoatendimento.

A entidade encaminhou um ofício pedindo apoio para tentar barrar a proposta que foi pelo deputado Kim Kataguiri (DEM-SP).

A inserção do novo modo de atendimento pode desempregar inúmeros profissionais e acarretar possíveis danos para as famílias que dependem exclusivamente deste emprego.

Em Mato Grosso do Sul, se essa lei for aprovada, serão mais de 5 mil trabalhadores demitidos. "Eu vejo de uma forma que não só gera o desemprego sobre a pessoa vinculada ao trabalho, mas também como um risco para a sociedade", avaliou o sindicalista José Hélio da Silva, presidente do Sinpospetro-MS.

A emenda proposta pelo deputado Kataguiri é válida na Medida Provisória 1.063, que autoriza a compra de etanol diretamente das usinas e a venda de combustíveis de outras marcas, situação aprovada pelo presidente Jair Bolsonaro no mês de agosto.

Desta vez, Kataguiri sugere uma transição de cinco anos para que os postos ofereçam total ou parcialmente o serviço de autoatendimento. 

“Nós não queremos transição. Defendemos a existência da lei que proíbe essa prática, porque os postos não são restaurantes ou lanchonetes. É um ambiente que requer treinamento”, afirma Eusébio Neto, presidente da Fenepospetro (Federação Nacional dos Empregados em Postos de Combustíveis e Derivados de Petróleo).

Até agora, vigora a Lei 9.956, de janeiro de 2000, que proíbe os estabelecimentos de terem bombas para autoabastecimento. A medida, em todo o país, coloca em risco o emprego de mais de 500 mil frentistas.