Polícia

21/09/2021 10:50

Envolvido em sequestro tem mais de 45 passagens policiais e ajudou a esconder “irmão”

Preso, Rafael passa por audiência de custódia na manhã desta terça-feira (21)

21/09/2021 às 10:50 | Atualizado 21/09/2021 às 10:23 Diana Christie
Preso, Rafael passa por audiência de custódia na manhã desta terça-feira (21) - Silas Lima

Rafael Souza da Silva, 18 anos, preso em investigação policial de sequestro, tem extensa ficha criminal, com mais de 45 passagens, entre elas homicídio doloso, furto, roubo e tráfico. Ele ficou um período na Unei, mas estava em regime aberto.

O jovem foi preso durante o confronto com o Batalhão de Choque, que resultou na morte de João Vitor Rodrigues da Silva, 20 anos, na manhã desta segunda-feira (20), em uma residência na Rua Daniela Perez, Residencial Betaville, em Campo Grande.

Rafael alega que não participou do assalto e sequestro de uma família na Vila Antônio Vendas, mas era amigo de infância de João e participou das comemorações do assalto, bebendo e usando drogas com o suspeito.

Em depoimento, Rafael contou que sabia do crime e tentou esconder João em casa, mas a mãe não deixou. Ele então aproveitou que lembrava onde ficava a chave da casa da avó e levou o parceiro para lá.

Os dois foram localizados por policiais militares do Batalhão do Choque e investigadores do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros). Rafael se entregou enquanto João atirou contra os policiais e foi morto no revide.

Na casa, os policiais ainda encontraram 2 kg de maconha. Rafael disse não lembrar da origem da droga e não saber onde os produtos do roubo foram escondidos. Só confirmou que o anel usando por João era de uma das vítimas.

Preso, Rafael passa por audiência de custódia na manhã desta terça-feira (21).

O sequestro

A mulher de 50 anos, sequestrada na Vila Antônio Vendas, foi escolhida pelos criminosos quando foi a uma padaria. João e um comparsa notaram que ela usava joias e decidiram segui-la até em casa, em área nobre da Capital.

As informações são do delegado João Paulo Sartori, do Garras. Segundo ele, o grupo planejava apenas o assalto, mas mudou de planos por causa de barulhos na rua.

“Em dado momento, enquanto eles recolhiam parte dos objetos, eles viram a movimentação do vigilante de rua e, a partir daí, resolveram tomar a vítima em sequestro e saíram da residência dela com o veículo (Audi) pertencente à vítima”.

A vítima foi levada para um cativeiro enquanto o marido dela e a filha ficaram trancados em casa. Os criminosos exigiram R$ 50 mil para não matá-la. No entanto, o esposo informou que só tinha R$ 18 mil e um relógio Rolex.

Os bandidos negociaram o valor e orientaram o homem a entregar o dinheiro na rua Professor Odete Trindade Benites, no bairro Campo Alto. “Após a negociação entabulada entre o esposo da vítima e o autor preso, ele acabou pagando o resgate e ela foi liberada”, explica o delegado.

Quando o Garras foi acionado, em conjunto com o Departamento de Inteligência da Polícia Civil e os policiais militares do Batalhão de Choque, a vítima foi encontrada na BR-262, região do Tiradentes.