O vereador Sandro Benites (Patriota), vereador que ficou conhecido por usar o apelido de 'gado' para dar voz ao movimento bolsonarista, faz campanha contra o passaporte da vacina em Campo Grande. Para ele, a exigência da carteirinha de vacinação para inscrições em concursos, entrada em estabelecimentos e órgãos públicos fere a liberdade individual.

“Sou totalmente a favor da vacina e contrário à obrigatoriedade”, afirmou Dr. Sandro durante sessão da Câmara. Ele é contra o projeto de lei que visa o passaporte da vacina na Capital, de autoria da vereadora Camila Jara e Ayrton Araújo do PT. 

Na semana passada, em 16 de setembro, Sandro afirmou que nenhum tratamento é obrigatório e a pessoa não pode ter sua liberdade cerceada. Apesar de ser médico, o parlamentar segue a mesma opinião do presidente Jair Bolsonaro, que também é contra o passaporte da vacina e a obrigatoriedade de comprovar a vacina para entrar em determinados locais. 

“Ninguém é obrigado a se submeter a qualquer tipo de tratamento. Hoje, no Brasil, cerca de 5% da população se nega a ser vacinada e estão falando de um tal de passaporte da vacina. Cabe exclusivamente ao paciente escolher se quer ou não fazer o tratamento, em qualquer doença. Sou totalmente a favor da vacina e contrário à obrigatoriedade!”, destacou o vereador.

Dr. Sandro explicou que quando a pessoa tem contato com o vírus, desenvolve imunidade de rebanho. “Temos a imunidade por anticorpos e a celular, que não dá para dosar se está ou não imune. O passaporte vai exigir a vacina ou os anticorpos neutralizantes, que é o exame que realmente indica se você está ou não vacinado?”, questionou.

Outro vereador contra o passaporte é Tiago Vargas do PSD, que chegou a prometer elaborar um projeto de lei para proibir o passaporte da vacina na Capital. 

O que diz a população

A diarista Silvia Araújo, 54 anos, é a favor do passaporte. "Eu acho que é necessário porque eu me vacinei. E vou a um lugar onde as pessoas que não quiseram se vacinar vai trazer risco pra mim?".

Dona de casa que não quis se identificar disse ao TopMídiaNews que concorda com o vereador. Ela não tomou a vacina. "Eu acho que as pessoas têm mesmo que fazer o que querem. Eu não acredito na vacina, não tomei e nem vou tomar. Cada um é responsável pela sua vida."

Marcos Ferreira, 19 anos, diz que o passaporte é ideal para que os jovens tomem a vacina. "Acho importante porque as pessoas gostam de festa, de se aglomerar, usar narguilé. Então, acredito que nesses ambientes se todos tiverem vacinado é melhor."

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