17/09/2021 19:14
Saúde de SP conclui que adolescente vacinada morreu por doença rara
Portanto, menores de 18 anos não correm risco ao serem imunizados
A morte de uma adolescente de 16 anos, em São Bernardo do Campo, se deu em razão de uma doença autoimune e não teve qualquer relação com a vacina da Pfizer, concluiu estudo da Secretaria de Saúde de São Paulo. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (17).
Conforme a Folha de São Paulo, a morte da garota ocorreu sete dias após ela tomar o imunizante da Pfizer. Esse óbito fez com que o Ministério da Saúde contraindicasse a imunização de menores de 18 anos que não tenham comorbidades.
"As análises técnicas indicam que a causa provável do óbito foi identificada com base no quadro clínico e em exames complementares, denominada Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PPT)", diz o governo em nota.
A doença da adolescente, diz a Saúde de SP, é rara e grave e, até o momento, não há relatório técnico que aponte efeito adverso pós-vacinação contra a covid-19.
Ainda segundo a informação do governo paulista, a análise sobre a morte da adolescente foi feita de forma conjunta por 70 profissionais reunidos pela Coordenadoria de Controle de Doenças e do Centro de Vigilância Epidemiológica.
“As vacinas em uso no país são seguras, mas eventos adversos pós-vacinação podem acontecer. Na maioria das vezes, são coincidentes, sem relação causal com a vacinação. Quando acontecem, precisam ser cuidadosamente avaliados”, afirma o infectologista Eder Gatti, que coordenou a investigação.
Ainda segundo a nota, Eder Gatti diz que, eventos adversos graves, sobretudo os que evoluem ao óbito, são discutidos por uma comissão de especialistas. Esse grupo então analisa a relação com a vacina para tomar uma decisão mais precisa.
‘’Quando um caso vem à tona sem que este trabalho esteja finalizado, cresce o risco de desorientação, temor, de rejeição a uma vacina sem qualquer fundamento, prejudicando esta importante estratégia de saúde pública que é a campanha de vacinação”, reflete Gatti.