Política

06/09/2021 09:40

Autoridades de 26 países assinam carta com preocupação sobre 7 de setembro

Eles afirmam que protestos convocados pelo presidente Jair Bolsonaro podem representar 'insurreição' e risco a democracia

06/09/2021 às 09:40 | Atualizado 06/09/2021 às 09:55 Rayani Santa Cruz
Presidente Jair Bolsonaro - Pedro Ladeira - 22.jul.2021/Folhapress

Uma carta assinada por ex-presidentes, ex-premiês e parlamentares de 26 países afirma que os protestos convocados por Jair Bolsonaro para o dia 7 de Setembro são “uma insurreição” que “colocará em risco a democracia no Brasil”. As informações são da Folha de S. Paulo.

O jornal afirma que o documento deve ser divulgado nesta segunda (6). Entre os mais de 150 signatários estão o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper, o ex-presidente do Equador Rafael Correa, o ex-presidente da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero e o vice-presidente do Parlamento do Mercosul, Oscar Laborde.

Os professores Noam Chomsky e Cornel West, dos Estados Unidos, e o Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel também assinam, além de parlamentares de países como Grécia, Reino Unido, EUA, França, Nova Zelândia, Austrália, Equador, Chile e Uruguai.

“O presidente Jair Bolsonaro e seus aliados —incluindo grupos supremacistas, polícia militar e servidores públicos em todos os níveis do governo— estão preparando uma marcha nacional contra a Suprema Corte e o Congresso em 7 de setembro, alimentando temores de um golpe na terceira maior democracia do mundo”, afirmam.

A carta cita as ameaças golpistas propagadas por Bolsonaro nas últimas semanas, como a declaração de que as eleições de 2022 podem não ocorrer se não houver a adoação do voto impresso. “Estamos seriamente preocupados com a ameaça iminente às instituições democráticas do Brasil —e estamos vigilantes para defendê-las antes e depois do dia 7 de setembro”, dizem.

Sgundo a Folha, a carta foi coordenada pela Progressive International, rede global progressista que busca conter o avanço da direita no mundo. No mês passado, a entidade enviou uma delegação ao Brasil para sondar ameaças do governo Jair Bolsonaro.