04/09/2021 15:15
1º e 'último' a se vacinarem, médico e estudante celebram vitória da ciência em Campo Grande
Sete meses separaram a vacinação do grupo prioritário dos últimos a receberem a 1ª dose
O médico Márcio Estevão Midon e o adolescente Felipe Lima Mendes foram o primeiro e ‘’último’’ a tomarem a 1ª dose da vacina contra a covid-19, em Campo Grande. Na visão dos dois, a vacina salvou vidas e foi uma vitória da ciência em tempos de trevas.
O dia histórico para Campo Grande na pandemia foi em 18 de janeiro deste ano. Nessa ocasião, Milton e mais três pessoas receberam as primeiras doses da vacina.
Na ocasião, só havia imunizante da Coronavac. O lote aplicado nos primeiros sul-mato-grossenses foi produzido na China.
Midon, que atua no Hospital Regional, já havia entubado mais de 100 pacientes e, mais que ninguém, viu a dor da covid de perto. Ainda que, na prática, não houvesse certeza da eficácia naquela ocasião, o médico garantia que a vacina iria salvar vidas.
‘’É uma vitória da ciência... significa salvar vidas... A gente viu muito sofrimento, angústia vindos dos pacientes, dos familiares’’.
Ansiedade
O estudante Felipe Lima Mendes, 14 anos, tomou a primeira dose da Pfizer na semana do dia 12 de agosto, sete meses após o médico. Ele contou que estava ansioso para se vacinar logo e não pegar a covid-19.
‘’No começo, eu achava que não ia sobrar vacina para os adolescentes, só para os idosos e quem trabalha em público. Pensei que só ia vacinar ano que vem’’, lembrou o adolescente.
Felipe revelou que teve medo dos avós pegarem a doença. O sentimento dele é de extrema confiança no imunizante.
‘’A vacina reduz as chances de morrer... você não vai precisar ser intubado’’, reflete o morador do bairro Oliveira III. O estudante diz que é muito importante que todos se vacinem, já que a doença ainda não acabou.
‘’Não dói, não dá reação. Acho que vamos ter que vacinar todos os anos, assim como contra a gripe H1N1’’, estima o adolescente.