29/08/2021 09:30
Infectologista reforça coro por 3° dose em MS e com doses da Pfizer
Croda entende que o público prioritário para receber a terceira dose é os idosos; MS já começou a aplicação!
O infectologista e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Julio Croda reforçou o coro para a aplicação da terceira dose das vacinas contra a covid-19 em idosos que passam a ficar mais vulneráveis contra ondas e variantes da doença em Mato Grosso do Sul.
Para defender essa iniciativa, o infectologista explicou que o estado sul-mato-grossense está com a maior cobertura vacinal do país no que se refere ao processo do ciclo vacinal, que é perante a aplicação das duas doses das vacinas.
"No Brasil apenas 12% dos óbitos ocorreram em pessoas com esquema vacinal completo, 96% em maiores de 60 anos. No Mato Grosso do Sul, 28% dos óbitos ocorreram em pessoas com esquema vacinal completo", disse nas redes sociais.
Segundo Croda, o país apresenta um esquema completo em idosos de 90% e os óbitos em pessoas que não receberam a segunda dose estão acontecendo na faixa dos 30 a 59 anos. "No Brasil, 6% dos óbitos são em menores de 29 anos e em Mato Grosso do Sul, 2%. Se tivesse que escolher um público prioritário não tenho dúvida que seria a terceira dose nos idosos".
O infectologista ainda defendeu a possibilidade do Ministério da Saúde aplicar a Pfizer como dose do reforço. Para isso, Julio Croda explica que a população de idosos e imunossuprimidos apresentam menor resposta em termos de anticorpos neutralizantes.
"Precisamos de uma vacina que possa induzir uma maior resposta", indaga o profissional. Assim, revela que um estudo recente apontou que a vacina da Pfizer teve uma resposta maior nos anticorpos neutralizantes, conforme foi publicado na The Lancet.
Cerca de 93 pessoas colaboraram, 55% homens e com idade média de 36 anos. "Imagine nos maiores de 60 anos", finalizou Croda.
3° dose
Mato Grosso do Sul já iniciou a chamada 3° dose em idosos na quinta-feira (26), se tudo estiver no combinado.