Economia

19/08/2021 18:41

Bolsonaro reconhece 'problemas' e inflação alta, mas não vê gás de cozinha caro

Sobre inflação, presidente disse ser culpa dos governadores e diz que zerou impostos federais em relação aos gás de cozinha

19/08/2021 às 18:41 | Atualizado 19/08/2021 às 17:37 Vinicius Costa
Pedro Ventura/Agência Brasília

Jair Bolsonaro tirou o corpo fora em relação à polêmica do preço do gás de cozinha no país. A apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira (19), o presidente declarou que zerou os impostos federais e que não acha que o valor esteja caro, mas ressalta que isso pode ser culpa dos governadores.

“O preço do gás não está caro, está R$ 45. Eu zerei o imposto federal. Cadê os governadores para não zerar o imposto federal do gás? Aí chega a R$ 130 na ponta da linha”, disse.

No entanto, Bolsonaro reconheceu haver alguns problemas na economia do Brasil e principalmente em relação à alta na inflação, mas culpou os governantes que quiseram seguir a risca as medidas de biossegurança impostas para controlar o vírus da covid-19.

“Isso é consequência da política do ‘fique em casa’”, acrescentou. Na data de ontem, o presidente também fez menção em culpar os governadores para o preço da gasolina que colocam o ICMS nos valores.

Segundo o Estadão, o preço final do botijão de gás, usado na maioria das casas dos brasileiros, a maior parte fica com a Petrobras - cerca de 49%, sendo que outros 36% estão por conta das distribuidoras, que fazem a aquisição, armazenamento, envasamento, transporte, comercialização e controle de qualidade, tendo o ICMS influenciado com 14,5%.

O Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo) apontou que entre julho do ano passado e junho deste ano o preço final do gás de cozinha aumentou 25% no país, saltando de uma média de R$ 69 para R$ 87.