17/08/2021 14:12
Filha não segura emoção e vai às lágrimas após vacinar pai com 2ª dose
Até mesmo Marcelo ficou surpreso e grato pela reação da filha
A acadêmica de enfermagem Gabriely Ramsdorf de Almeida Barros Leal, 19 anos, não conteve a emoção após vacinar o pai com a segunda dose da vacina contra covid-19, no Drive Thru da UCDB, em Campo Grande.
O mecânico Marcelo Barros Leal, 41 anos, recebeu a segunda dose do imunizante no dia 10 deste mês. À equipe de reportagem, Gabrielly contou o motivo de tamanha emoção.
“Meu pai não teve covid, meus avós paternos sim, meu avô chegou a ficar internado 10 dias, não tinha chegado à idade dele para se vacinar”, revela. Segundo a profissional, o pai tem comorbidades e, por isso, sempre existiu a preocupação e o medo dele ser infectado.
“Eu sempre ficava na angústia para ele vacinar logo. Quando foi a primeira dose foi um alívio, mas não totalmente, na segunda dose, nós combinamos que ele iria vacinar comigo no Drive, ai eu não consegui segurar a emoção”, revela.
Até mesmo Marcelo ficou surpreso e grato pela reação da filha. “Falei que ia tomar a segunda dose com ela e deu certo, só que não esperava aquela reação, pois o emotivo sou eu”, risos.
“Mas foi uma sensação maravilhosa. Confesso que não tive reação na hora, foi um turbilhão de emoção”, explica Marcelo, dizendo que a mãe de Gabrielly, que também é enfermeira, sempre incentivou a filha a seguir na carreira.
Marcelo tem pressão alta e obesidade e Gabrielly sabe que esses são fatores de risco para doença, que tirou tantas vidas.
“Sempre fui muito preocupada com a saúde dele, poder vacinar ele foi sentimento de esperança, muita felicidade, tive amigos que perderam parentes, e a gente não ter sido afetado de uma forma tão drástica é incrível”, revela.
Atuando na linha de frente e ajudando na imunização dos campo-grandenses, a jovem revela que a cada dia tem mais confiança de que tudo vai se resolver e ficar melhor.
“Tem sido incrível poder vacinar muitas pessoas que você não conhece, mas quando você vacina, você dá esperança. É cansativo, é puxado, às vezes muito corrido, mas gratificante trabalhar no Drive da UCDB, e sou grata por poder atuar, fazer parte da história, por estar fazendo algo bom”, finaliza.