Campo Grande

13/08/2021 13:00

Desempregada e com câncer, diarista come só o que o auxílio pode comprar em Campo Grande

Ela tenta aposentadoria, mas falta de registro em carteira é problema

13/08/2021 às 13:00 | Atualizado 13/08/2021 às 17:05 Thiago de Souza
Diarista acumula contas e não pode trabalhar - Repórter Top

Ana Cristina da Silva, 43 anos, moradora do Jardim Monte Alegre, revela drama vivido há um ano e meio, quando descobriu um câncer, em Campo Grande. Impedida de trabalhar pela doença, ela vive só com o que o auxílio emergencial pode comprar. 

Segundo a diarista, o diagnóstico de linfoma veio em março de 2020. Sem poder trabalhar, ela acionou o INSS pedindo aposentadoria, que foi negada por falta de registro em carteira. Agora, entrou com uma ação judicial, sem prazo para ser julgada. 

A mulher vive com a filha de 15 anos, em uma moradia popular e faz venda de doces para sobreviver. No entanto, o que entra é muito pouco, que se junta com o auxílio do governo na pandemia e algumas doações. 

‘’Acumulou água, luz, prestação do condomínio que já foi para a Justiça. Meu medo maior é receber uma ordem de despejo. O pouco que eu faço é só para comer’’, relata Ana Cristina. 

Em outubro, ela tem retorno médico e diz que vai precisar fazer um exame de sangue que só se faz na saúde privada. Ana Cristina tem todos os exames que comprovam a doença gravíssima.  

"Se alguém puder me ajudar... estou impossibilitada de trabalhar e as contas não param de chegar... o condomínio é o que mais me preocupa’’, desabafa a moradora. 

O telefone para informações ou ajuda é: (67) 9 9198-5146.