12/08/2021 19:00
Com desemprego recorde no país, ambulantes se arriscam em vendas no Centro de Campo Grande
Eles tentam escapar de fiscalizações, principalmente na rua 14 de Julho, onde, após a orientação, os produtos são apreendidos por fiscais
Com 14 milhões de desempregados no país, Campo Grande sente os reflexos com alta de ambulantes tentando tirar o sustendo nas ruas do Centro. O problema é que a atuação nem sempre está dentro da legalidade, o que pode provocar a apreensão dos produtos durante fiscalização.
Ao TopMídiaNews, um ambulante de 34 anos, que preferiu não se identificar por medo de represálias, disse que a fiscalização está ferrenha nos últimos dias e sugeriu uma solução.
“Sou ambulante e quero dar sugestão à prefeitura. Nós trabalhamos na rua e a fiscalização passa levando tudo. Precisamos disso, e os poderes maiores deveriam trabalhar certinho. Por exemplo, poderiam fazer uma carteirinha e a gente pagar uma taxa mensal com a Semadur estipulando onde a gente possa ficar.”
O trabalhador disse que mora em Campo Grande há nove anos e que é natural do Ceará. Ele concorda que não é viável que os ambulantes fiquem em porta de lojas, mas defende que todas as pessoas precisam trabalhar.
“Os fiscais dão advertência para recolher. Eu concordo que os ambulantes não podem ficar na porta de loja. Ou vender o mesmo produto próximo à loja, encher a calçada. Isso não pode. Eles pegam muito no pé na Rua 14 Julho e isso não pode mesmo. Eles têm razão. Mas poderiam deixar a gente ficar em outras ruas, ou determinar algum ponto pra gente ter o que comer. Não temos vida fácil, é uma forma que encontramos para trabalhar.”
O que diz a Semadur
A Semadur (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano) geralmente explica, orienta e pede para que os ambulantes se retirem da localidade antes da apreensão de produtos.
A pasta foi questionada, via assessoria de comunicação, sobre a atuação das fiscalização e se existem planos para a realocação destes trabalhadores e assim que houver resposta será inserida no texto.