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10/08/2021 16:14

Lula diz que tanque de guerra na rua é patético e que Bolsonaro 'deveria ir para o quartel'

Ele ironizou a grande presença de militares no governo federal

10/08/2021 às 16:14 | Atualizado 10/08/2021 às 16:10 Thiago de Souza
Bolsonaro recebe convite da Marinha do Brasil - Reprodução Youtube

Lula, do PT, classificou como ‘’patética’’ uma exibição de tanques de guerra, promovida pela Marinha do Brasil, na manhã desta terça-feira (10), em Brasília. Ele diz que Bolsonaro deveria ter ido a um quartel e não promover um desfile na frente do Congresso. 

O evento levou tropas e veículos blindados para a Praça dos Três Poderes e foi planejado com bastante antecedência pela Marinha do Brasil. O evento tratou-se da entrega de convites aos chefes de poderes da República, para exercício militar que ocorrerá em Formosa (GO). 

‘’...O cara quer entregar um convite, o cara pega um avião, desce em Brasília, vai no gabinete, entrega o convite e acabou", disse o ex-presidente em entrevista à Rádio ABC de Porto Alegre. 

O episódio citado por Lula gerou polêmica, justamente por ser na mesma data que a votação da PEC do Voto Impresso, um tema polêmico e de interesse do presidente Jair Bolsonaro. Apesar de ter sido mera coincidência, o evento foi explorado por políticos da oposição como uma provocação do presidente. 

Lula, segundo o site Terra, usou de ironia para alfinetar a grande presença de militares no Governo Bolsonaro. 

‘’... não era preciso ‘inventar um desfile militar’ para entregar o convite. Se Bolsonaro queria uma foto com militar cumprimentado ele, poderia ir no quartel, ou quem sabe chamasse seu fotógrafo dentro do Palácio, porque tá cheio de militar lá dentro", zombou o petista. 

O ex-presidente negou que queria fazer uma aproximação específica com os militares. 

"Eu não tenho carta pra conversar com militares. Se fizer uma carta, faço uma carta para conversar com o povo brasileiro, e dentro do povo brasileiro estarão os militares", disse o ex-presidente, emendando: "se um militar quiser fazer política, ele renuncia ao cargo, tira a farda e se candidata a alguma coisa. Não vejo problema. O que não dá é para aproveitar a instituição e fazer política".