Cidades

10/08/2021 17:00

Em plena crise, chefe de gabinete usa 4,2 mil litros de gasolina em 7 meses

Procuradoria quer saber sobre motivos do custo elevado e motivos de falta de dados sobre veículos abastecidos

10/08/2021 às 17:00 | Atualizado 10/08/2021 às 16:42 Rayani Santa Cruz
Chefe de Gabinete Ivaldo Lopes e prefeito Edilson Magro - Repórter Top/ Redes Sociais/ Divulgação

A Procuradoria-Geral de Coxim quer saber os motivos do chefe de gabinete da prefeitura Ivaldo Ferreira Lopes gastar o total de R$ 4.793,51 por mês com o cartão combustível. Além disso, existe a falta de dados dos veículos abastecidos na cidade e utilização elevada nos últimos sete meses.

As indagações foram registradas em ofício pelo procurador-geral Adriano Loureiro Fernandes. 

Segundo o documento, o cartão combustível cadastrado no CPF do chefe de gabinete Ivaldo Ferreira Lopes possui o custo mensal de R$ 4 mil, com utilização média de 4.218,56 litros de gasolina em 7 meses. São 602,65 litros por mês e 20,08 litros por dia. 

Em diesel foram utilizados 2.134,07 litros em sete meses, com 304,86 litros por mês e 10,16 litros por dia. 

O documento aponta que no uso de 10 km de rodagem por litro chega a quantia de 63.526,30 quilômetros rodados em sete meses, com 9.075,18 por mês e 302,50 por dia. 

Falta de identificação

O ofício considera que existe a ausência de identificação [como regra] dos veículos beneficiados com o abastecimento relatando a falta de placas, modelo e quilometragem inviabilizando a transparência sobre o uso. 

Também está indicado que foram vários abastecimentos ao dia, principalmente em 5 de maio de 2021, e que a quantidade de litros de combustível é superior à média da frota municipal. Em especial são apontados os carros usados pela chefia de gabinete. 

“A Procuradoria Geral do município de Coxim, no uso de suas atribuições conferidas pela Lei Complementar nº 161/2017, requisita esclarecimentos quanto aos fatos narrados”, diz a determinação que cobrou respostas.

Entre os questionamentos estão sobre o número de veículos abastecidos de janeiro a julho, se os veículos são pertencentes a frota municipal ou particulares e quais são; motivos de não haver identificação dos veículos, justificativas e se o chefe de gabinete tem conhecimento dos fatos. 

O chefe de gabinete ainda foi questionado se possui outro cargo fora da gestão municipal como algum programa de rádio e se os patrocinadores possuem vínculo com o município.

O outro lado

Todos os questionamentos foram encaminhados para a assessoria de comunicação do município. As respostas serão inseridas, assim que haver retorno.