Campo Grande

07/08/2021 18:10

Idosa em UPA aguarda vaga em hospital lado a lado com doentes de covid em Campo Grande

Família cita início de pneumonia e infecção urinária na paciente

07/08/2021 às 18:10 | Atualizado 07/08/2021 às 16:49 Thiago de Souza
Idosa está junto com pacientes covid e família vê risco - Repórter Top

Idosa que precisa de cirurgia por causa de ferimentos na pele está há quase uma semana esperando vaga em hospital público, em Campo Grande. A família denuncia que ela está na UPA Coronel Antonino, junto com doentes da covid-19 desde o domingo (1º).  

Conforme o filho da paciente, de sobrenome Silva Pereira, a mãe está com 73 anos. Ele lembra que procurou a UPA na região norte da cidade, para trocar uma sonda nasoenteral e tratar de feridas na pele, procedimento chamado de ‘’curativo de escaras’’. 

Inicialmente e, por ser procedimento simples, a idosa foi colocada na enfermaria, local ocupado por casos de covid. Depois ela teve vômitos e, para prevenir broncoaspiração, foi levada para a Área Vermelha, local onde, segundo Silva, também havia doentes do novo coronavírus. 

‘’O teste dela deu negativo para a covid, mas mesmo assim, ela ainda corre risco de pegar a doença e piorar o quadro dela’’, disse o filho, que ainda apontou início de pneumonia na mãe e infecção urinária. 

Os familiares teriam tido a informação que não há vagas nos hospitais credenciados, que seriam a Santa Casa, Hospital Regional, Universitário e São Julião. 

‘’Acho que esse descaso é por causa da idade e da condição dela’’, supõe o filho. 

Descaso 

Os parentes da idosa reclamam que, nos dois primeiros dias na UPA, a paciente sofreu com o descaso de alguns profissionais do local. Entre as situações denunciadas estão o não fornecimento de dieta e a recusa de acondicionar a comida levada pela família na geladeira da UPA. 

‘’Tive que levar a comida num isopor com gelox [marca de gelo artificial]’’, garante o familiar. 

Além disso, diz o filho, houve demora na troca de fraldas da paciente e do tratamento do curativo. Ele cita um caso que a mãe foi virada incorretamente no leito, o que a obrigou a passar por mais uma radiografia e ficar sem comer por um período. 

No entanto, segue o denunciante, a Ouvidoria e Assistência Social foram acionadas e todos esses problemas foram resolvidos. 

Resposta

Entramos em contato com a assessoria da Sesau, mas não tivemos resposta até o momento.