06/08/2021 12:22
Mãe de criança de 2 anos para de trabalhar para cuidar de filho com câncer e pede ajuda
Os dois tiveram que viajar para a capital gaúcha em busca de tratamento
A vendedora autônoma Elida Cristina Machado da Cruz, 39 anos, está vivendo momentos difíceis após o filho caçula ser diagnosticado com neuroblastoma, um tipo de câncer em três locais: pulmão, tórax e pescoço.
Ela que é de Presidente Venceslau, interior de São Paulo, mas mora com os quatro filhos em Rio Grande, no sul gaúcho descobriu a doença no pequeno no dia 25 de julho e desde então, luta para buscar sua cura.
Segundo a revista Crescer, a mãe contou que o filho nasceu saudável. "A gravidez não foi planejada, mas a chegada dele foi maravilhosa. Mudou minha vida", lembra.
"O Pedro não teve de imediato os sintomas do câncer. No dia 30 de junho, ele acordou gemendo e com a barriga inchada. Achei que fossem apenas gases. Mas, no dia seguinte, levei ao pediatra do posto de saúde do meu bairro. A médica examinou e pediu que o levássemos ao hospital. Ela, inclusive, foi comigo. Chegando lá, ela conversou com um médico e pediu um raio-x. O exame mostrou que Pedro estava com água no pulmão. Imediatamente, ele já foi encaminhado para a UTI para drenar a água e investigar a causa. Depois de muitos exames, desconfiaram que poderia ser um tipo de tuberculose. Foi quase uma semana na UTI, sem saber o que ele tinha", conta.
No dia 6 de julho, dia do aniversário de Elida, os médicos transferiram Pedro para um hospital da capital, Porto Alegre, a cerca de 300 quilômetros.
"Aqui, foram mais exames e exames, que descartaram a tuberculose. Foi, então, que veio a notícia de que meu bebê tinha uma massa no tórax e que essa massa já estava pegando a coluna. Segundo eles, se pegasse o osso da coluna, meu filho não conseguiria mais andar. Avisaram que iriam fazer uma biópsia. Foram dias de muita angústia à espera do resultado. Quando chegou, ouvi: 'Mãe, seu filho tem neuroblastoma, um tipo de câncer que se encontra no pulmão, tórax e pescoço'. Meu mundo desmoronou! Chorei, briguei com Deus, perguntava: 'Por que, Senhor? Meu filho estava tão bem'", lembra.
Dificuldades financeiras
Desde então, Elida e Pedro estão no hospital. "Me apeguei com Deus e estou sendo sustentada por ele. Meu bebê ainda pegou um vírus da gripe, mas estamos cuidando dele. Ele está fazendo quimioterapia e, agora em agosto, fará uma ressonância para ver como estão os tumores. Ele enfrenta bem é um guerrerinho, mas não entende o que está acontecendo", explica. "Minha vida mudou muito. Estou sofrendo, longe de casa, mas sei que meu bebê precisa de mim", lamenta.
Elida, que é vendedora autônoma, precisou parar de trabalhar para cuidar do pequeno em tempo integral. "Não tenho família aqui no sul mora só eu e meus filhos. Pago aluguel sozinha. Tive que parar de trabalhar e, aqui em Porto Alegre, estamos ficando em uma Casa de Acolher do hospital. Tenho mais três filhos, de 20, 14 e 12 anos, e uma neta. Minha filha mais velha está com eles em casa. Que saudades dos meus filhos", lamentou. Amigos e familiares ajudaram a abrir uma vakinha para custear as despesas com moradia e alimentação durante o tratamento de Pedro.
Para ajudar, clique aqui.