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20/07/2021 21:14

Irmão de deputado 'arrega' e diz não se lembrar de mostrar provas a Bolsonaro

Ele disse à Polícia Federal que trocou de telefone e não salvou conversas

20/07/2021 às 21:14 | Atualizado 20/07/2021 às 20:57 Thiago de Souza
Servidor diz uma coisa à CPI e outra para a PF - Edilson Rodrigues - Senado

O servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, deu versões diferentes sobre o fato de ter alertado o presidente Bolsonaro sobre casos de corrupção na compra de vacinas. 

Luis é irmão do deputado federal, Luis Miranda, do DEM. Na CPI da Covid, no Senado, o funcionário do Ministério disse que mostrou documentos a Bolsonaro, apontando fraudes. 

No entanto, à Polícia Federal, a fala foi bem diferente. Primeiro, Luis Ricardo disse que trocou de telefone celular e não salvou as conversas que provariam que ele sofreu pressão ‘’atípica’’ de superiores para acelerar a importação de vacinas. 

Dessa vez, Luis disse à PF que não se lembra se mostrou um documento chamado ‘’invoice’’ para o presidente. No entanto, à CPI ele garante que mostrou documentos que provariam uma suposta corrupção. 

O ‘’invoice’’ é o principal documento usado como argumento para comprovar a compra superfaturada das vacinas indianas. 
Tanto Luis Ricardo quando Luis Miranda fizeram diversas acusações contra o presidente, mas, diante da PF, não trouxeram nada que pudesse comprovar os crimes.