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29/06/2021 16:25

Repúdio: patrocinadores deixam emissora após falas homofóbicas de Sikêra Jr

Apresentador teria destinado frase "raça desgraçada" aos homossexuais do país e atitude impactou programa

29/06/2021 às 16:25 | Atualizado 29/06/2021 às 16:12 Vinicius Costa
Reprodução/Rede TV

As falas do apresentador Sikêra Jr. destinadas ao público homossexual de todo o país começam a fazer o efeito e a emissora de televisão Rede TV! passou a perder patrocinadores e o valor de seus anúncios no espaço nacional. Pelo menos quatro empresas encerram o contrato após as falas como uma forma de repúdio.

Tudo começou na última sexta-feira (25) quando o apresentador lançou uma série de comentários considerados lgbtfóbicos ao criticar um comercial do Burger King que celebrava o mês de orgulho LGBTQIA+.

Em sua fala, o ator e radialista da emissora que comanda o Alerta Nacional criticou a rede de fast food acusando de usar as crianças para lacrar e propagar comunismo contribuindo para correntes de ódio.

“A criançada está sendo usada. Um povo lacrador que não convence mais os adultos e agora vão usar as crianças. É uma lição de comunismo: vamos atacar a base, a base familiar, é isso que eles querem. Nós não vamos deixar”, disse o apresentador.

Contudo, uma das suas falas mais fortes foi chamar o público homossexual de "raça desgraçada" (confira o vídeo ao final do texto) justamente na data em que se comemora o Dia do Orgulho LGBTQIA+. Por isso, uma enxurrada de reações negativas começaram a ser engajadas nas redes sociais.

O desligamento das empresas começaram a ser percebidas nesta segunda (28) quando a MRV, Tim e HapVida desligaram-se oficialmente da emissora e rescindiram o acordo que tinham com a Rede TV! e principalmente no programa Alerta Nacional, deixando assim um rombo considerável de financiamento, segundo o Notícia da TV, do UOL.

A última empresa a confirmar seu desligamento foi a Magazine Luiza, que divulgou o bloqueio da veiculação automática de seus anúncios nos vídeos veiculados pela produção do programa no YouTube, numa ação para impedir a veiculação indireta de seus produtos ao jornal policial.