Campo Grande

28/06/2021 07:00

Professor condenado por abuso de crianças atuava 'por debaixo do pano' em Campo Grande

Ele alega que é formado, mas assume que não tem registro no conselho de Educação Física

28/06/2021 às 07:00 | Atualizado 26/06/2021 às 12:02 Thiago de Souza
Professor tinha numeroso público infantil - Reprodução/Instagram

O Conselho Regional de Educação Física de Mato Grosso do Sul, o CREF 11-MS, esclareceu que o suposto educador físico, que teve condenação por abuso de crianças em Rondônia e atuava em Campo Grande, não tem registro profissional na entidade. Portanto, ele fazia o serviço irregularmente. 

Além da constatação que o profissional não tinha registro, o CREF 11-MS fez um alerta à população. 

‘’ [O Conselho] reforça a importância de os pais ficarem atentos ao colocarem seus filhos em qualquer atividade física. É importante que seja verificado se o profissional responsável é registrado no Conselho de classe’’, diz trecho da nota. 

Revelação

O nome do suposto educador será preservado, já que ele – a princípio – não responde a nenhum processo atualmente. 

O profissional em questão deu aulas de educação física para adultos e crianças, desde o início da pandemia até o começo desta semana, em Campo Grande. Ele tinha uma clientela grande no condomínio de luxo Damha. 

Polêmica

Conforme noticiado nesta quinta-feira (24), pelo TopMídiaNews, o homem também promovia colônia de férias, natação e festas infantis, além de recreação para os pequenos. No entanto, uma mãe descobriu que o professor praticou atos libidinosos contra cinco crianças, entre 2008 e 2009, conforme denúncia do Ministério Público de Rondônia. 

De posse do passado criminal do professor, ela fez um alerta às demais mães, o que obrigou o educador a encerrar todas as atividades. 

Resposta

Em novo contato, o professor garantiu ao TopMídiaNews que é formado em educação física no Paraná e confessou que não tem registro profissional em MS. Ele não revelou o local onde teria feito o primeiro registro em conselho de educação física. 

O educador revelou que veio para Campo Grande porque a mãe fazia tratamento contra um câncer. 

‘’Não quis transferir [o registro], pois a ideia sempre foi voltar. Ia fazer o registro aqui no meio do ano’’, justificou.