Cidades

11/06/2021 17:50

Federação vai à Justiça contra lockdown em MS: 'vai faltar dinheiro pra comer'

Dirigente da CDL em Campo Grande diz que 'fecha tudo' pode durar 30 dias

11/06/2021 às 17:50 | Atualizado 11/06/2021 às 17:28 Thiago de Souza
Lockdown é injusto, dizem entidades - Prefeitura de Cariacica

Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de MS prometeu, nesta sexta-feira (11), ir à Justiça contra o lockdown de 15 dias, decretado pelo Governo do Estado. Para a entidade, sem trabalhar, a população não vai ter dinheiro nem para comer. 

A manifestação foi feita em entrevista coletiva, com membros da federação e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande. O presidente da CDL, Adelaido Vila, demonstrou preocupação porque a restrição severa pode durar até 30 dias. 

“Da forma em que está colocada a Deliberação [decreto], mesmo que o município saia da bandeia cinza e chegue à bandeira vermelha, o comércio seguirá fechado e só poderá voltar a funcionar se chegar na bandeira laranja”, refletiu o dirigente. 

Para Vila, a permissão para atendimento via delivery não resolve a situação crítica dos comerciantes. 

‘’... não vai resolver, uma vez que sem trabalhar, a população não terá dinheiro nem para se alimentar”, acrescentou Adelaido. 

O comandante da CDL de Campo Grande ponderou, no entanto, que as entidades que representam o varejo na Capital e no Estado não negam a pandemia e a gravidade da situação. 

‘’O que queremos é respeito pelo setor, que gera 65% dos empregos e ações transparentes que tragam soluções”, refletiu novamente. 

Federação 

A presidente da FCDL-MS, Inês Santiago, disse que o decreto estadual que implementa o lockdown de 15 dias tem nulidades e prejudicam diretamente os bares, restaurantes e outros setores que são classificados como ‘’não essenciais’’. 

“Mais uma vez o governo surpreende todo o varejo de Mato Grosso do Sul. Nossa tese é que este decreto possui vícios que fazem com que esse ele não possa perdurar”, desabafou Santiago. 

Ainda segundo Inês, a competência para definir as regras sobre o comércio, como abertura e fechamento dos estabelecimentos, seria dos municípios e não do Estado.