13/06/2021 13:30
Presidido por sul-mato-grossense, CFM é alvo de médicos ao defender cloroquina e criticar CPI
Entidade acusou senadores humilharem médicos em depoimentos
Centenas de médicos Brasileiros assinaram um manifesto com críticas ao Conselho Federal de Medicina. A entidade, presidida pelo médico de MS, Mauro Luiz Britto Ribeiro, acusou senadores da CPI da Covid de exporem os profissionais da saúde durante depoimentos.
No entanto, conforme o texto, os assinantes da nota de repúdio discordam das posições adotadas pelo Conselho, que, na visão deles, seria contrário à apuração das responsabilidades pela crise sanitária vivida no Brasil.
“Nesse momento em que o padrão de transmissão da Covid-19 segue elevado, nossa atenção se volta para a necessidade de políticas baseadas na ciência e boas práticas... Consideramos relevante e apoiamos iniciativas para mudar o rumo do dramático contexto epidemiológico e social do país. Precisamos somar esforços para fortalecer o SUS e a ciencia brasileira’’, diz trecho do manifesto.
A carta também traz a mensagem que ‘’muitos médicos se negam a ser cúmplices desse desastre’’.
Segundo a Revista Fórum, entre os signatários da carta estão os da médica e pesquisadora Margareth Dalcolmo, do neurocirurgião Paulo Niemayer, o hematologista e oncologista Daniel Tabak, e a médica sanitarista e professora, Ligia Bahia.
Polêmica
Ainda em 2020, o CFM emitiu parecer que autoriza a prescrição da hidroxicloroquina e cloroquina em todo o País.
Mesmo após dezenas de estudos comprovarem a ineficácia do medicamento, o presidente Mauro Ribeiro se negou a retirar o parecer com autorização para prescrição das drogas. A entidade defendeu que ainda não havia consenso científico sobre o uso desses medicamentos no tratamento precoce contra a covid-19.
A postura do CFM embasou ações do governo federal, que divulgou que os medicamentos eram eficazes contra a covid. Essas medidas do atual governo são alvo de investigação na CPI da Covid.
Essa não é a única polêmica que Mauro se envolveu na carreira. Ele foi investigado pelo Ministério Público Federal por ter recebido salários sem trabalhar, de 2013 a 2015.
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