Política

08/06/2021 11:08

Conselheiros do TCE/MS tiveram sigilos bancários e fiscal quebrados

Os conselheiros Osmar Domingues Jerônymo, Ronaldo Chadid e Waldir Neves Barbosa estão na mira da PF que investiga desvio de verba pública e contratação de funcionários fantasmas entre outros crimes

08/06/2021 às 11:08 | Atualizado 08/06/2021 às 15:00 Rayani Santa Cruz
Conselheiros do TCE-MS Osmar Domingues Jerônymo, Ronaldo Chadid e Waldir Neves Barbosa - Aurélio Marques/TCE-MS/ Mary Vasques

Os conselheiros do TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) Osmar Domingues Jerônymo, Ronaldo Chadid e Waldir Neves Barbosa tiveram quebras de sigilo bancário e fiscal determinados pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). O trio foi alvo da Polícia Federal durante operação nesta terça-feira (8), que cumpriu mandados de busca e apreensão em 20 endereços em Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. 

A investigação apura se os conselheiros participavam de organização criminosa voltada à prática de fraudes em licitações, superfaturamento de obras e desvio de recursos públicos. Cerca de 20 pessoas são alvo das ações, cujos inquéritos correm sob sigilo.

Chamada de Mineração de Ouro, a operação apura a prática dos crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. 

As medidas foram autorizadas pelo ministro Francisco Falcão, do STJ, que também determinou quebras de sigilo bancário e fiscal dos investigados. 

Desvio de verba e funcionários fantasmas

As diligências são um desdobramento das ações da operação Lama Asfáltica. As investigações já realizadas apontaram indícios de participação de membros do TCE-MS em um esquema ilícito de desvio de verbas públicas. 

Dentre outras suspeitas, o MPF e Polícia Federal apuram se foram proferidas decisões no âmbito da Corte de Contas para favorecer integrantes da organização criminosa. Já há evidências, também, da existência de um esquema de contratação de funcionários fantasmas no TCE-MS, para beneficiar pessoas ligadas aos Conselheiros investigados. 

Segundo o MPF, há suspeita de que o esquema tenha movimentado valores milionários entre 2015 e 2021.