CORONAVÍRUS

05/06/2021 10:50

Fiocruz: alta em casos de síndrome respiratória grave atinge MS e mais 11 estados

A situação é mais grave nos estados da região sul e centro-oeste

05/06/2021 às 10:50 | Atualizado 05/06/2021 às 13:03 Nathalia Pelzl
FERNANDO BIZERRA/EFE

O boletim do observatório Covid-19 Fiocruz constatou tendência de crescimento de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em Mato Grosso do Sul, mais 11 estados e no Distrito Federal, na 21ª semana epidemiológica, entre 23 e 29 de maio. 

Há duas semanas, a tendência de aumento era registrada em apenas oito das 27 unidades da federação.

A situação é mais grave nos estados da região sul e centro-oeste. 

Conforme divulgado, aproximadamente 96% dos casos de SRAG são causados pelo novo coronavírus. Os especialistas alertam para o risco iminente de um recrudescimento da pandemia no país nas próximas semanas.

Além disso, a situação é igualmente preocupante no que diz respeito à ocupação de leitos de UTI para covid-19. 

Todos os estados das regiões nordeste, sul e centro-oeste e a maior parte do sudeste (com exceção do Espírito Santo) estão com a ocupação em níveis considerados críticos (igual ou maior que 80%) ou extremamente críticos (igual ou maior que 90%). Dezessete capitais também estão em níveis críticos ou extremamente críticos.

Especialistas explicam que as taxas de ocupação de leitos de UTI são "a ponta do iceberg" e que o Brasil ainda não alcançou uma queda sustentada do número de casos e óbitos.

"Há duas semanas já havia um sinal de piora da situação que agora se confirmou", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe. "Quando olhamos a tendência de crescimento nesses Estados e de estabilização nos outros, isso aponta para um piora da situação. Nos próximos dias vamos ver também um aumento no número de óbitos."

"Neste momento ainda não podemos contar com o efeito de proteção coletivo das vacinas", explicou. "Então a única saída é adotarmos o quanto antes as medidas que já conhecemos, distanciamento social, redução de serviços presenciais, evitar aglomerações; não tem outro jeito."