há 3 anos
Nilda perderia a perna, não fosse a fé da mãe e doação de sangue de desconhecidos
Jovem quase teve perna amputada após acidente de trânsito, mas deu a volta por cima e hoje é empreendedora
A empreendedora Nilda Estefane, 21 anos, viu sua vida mudar completamente após um acidente de moto no ano de 2018, em Nioaque.
A jovem foi internada, precisou de doação de sangue e quase amputou a perna, no entanto, foi abençoada pela fé da mãe e ajuda de desconhecidos.
Ao TopMídiaNews, ela contou mais sobre todo o processo do acidente até agora.
“Meu aniversário foi na segunda-feira, dia 8 de outubro de 2018, eu ia fazer a festa no sábado, dia 13. No dia 12, na hora que saí do trabalho, fiquei ainda alguns minutos esperando o topper do meu bolo, depois fui para casa, eu estava sozinha na moto”, relembra.
“Eu morava no último bairro da cidade, que passa por uma rotária. Chegando lá, estava vindo um carro que ia entrar na rotatória, a preferência era minha, porém o carro não parou. Eu só consigo lembrar que eu tentei tirar a moto, depois disso eu não desmaiei, porém, não consigo lembrar. Na hora que eu voltei de estado de choque, eu já estava no posto 24 horas da minha cidade, esperando uma vaga”.
Nilda conta que não estava sentindo dor, por isso, não sabia da gravidade do caso.
“Não tinha noção que eu estava com a perna quebrada. Tive uma fratura exposta no joelho, quebrei a patela, o fêmur e a tíbia. Fui transferida para vaga zero da Santa Casa. Já tinha perdido muito sangue, então, os médicos decidiram que seria melhor amputar devido a possível infecção, e também porque eu já estava naquela situação tinha mais de seis horas”, revela.
A jovem ficou internada 12 dias e precisou da doação de sangue. A mãe, inclusive, recorreu ao TopMídiaNews. Clique aqui.
“As doações de sangue foram muito importantes, pessoas que eu nunca vi na minha vida se envolveram na causa, a fé foi essencial porque, para os médicos, não tinha mais jeito, minha mãe até assinou um termo de responsabilidade [para não amputar a perna]”.
Após as doações, os médicos afirmaram que Nilda voltaria andar depois dos 6 meses. “Porém o milagre foi tão grandioso que, com 3 meses, eu já estava andando de novo”, comenta.
Recuperação e volta por cima
Como ficou afastada do serviço, o processo de recuperação não foi nada fácil. “Não só pela fratura, mas psicologicamente também, tive anemia, fiquei em estado de desnutrição, eu tinha muitas crises de ansiedade e eu não conseguia comer”, revela a jovem.
“A fisioterapia era muito dolorosa, eu nem aguentei fazer todas, era uma dor insuportável... Tive começo de depressão também, foi bem complicado”.
No primeiro ano, ela ficou apenas na recuperação e não teve vontade de fazer nada, nem socializar com amigos.
“Depois me recuperei e decidi que não queria mais trabalhar para os outros, queria trabalhar pra mim, porque já sabia que futuramente teria algumas limitações devido à fratura, do tipo cansar de ficar muito tempo na mesma posição e outras questões”.
Então, em fevereiro de 2020, mesmo na pandemia, ela começou a investir. Atualmente, ela tem uma empresa de moda feminina e já ganhou até prêmio.
“No final do ano ganhamos o troféu de empresa revelação, foi uma satisfação enorme, desde o ano de 2018 aconteceram coisas que eu nunca imaginei que seriam possíveis. Em fevereiro desse ano, a loja fez 1 ano e, mesmo perante a pandemia, ela vem crescendo graças a Deus”, finaliza.