há 3 anos
Proposta que insere Direito e Economia na educação básica tem apoio de pais em MS
Projeto incorpora noções dessas duas áreas temáticas como disciplinas facultativas na Base Nacional Comum Curricular
Alguns pais de alunos da rede municipal e estadual de Campo Grande são a favor do Projeto de Lei 423/21, que determina que as escolas poderão ofertar em caráter facultativo, no ensino fundamental e médio, a partir do sexto ano, disciplinas com noções básicas de direito constitucional, macroeconomia e microeconomia.
“Olha, eu acho bacana porque a matéria de economia, por exemplo, ia fazer com que eles crescessem com a noção de como tudo funciona no mundo. Desde compra e vendas, oferta e demanda, e mesmo noções básicas para a própria vida financeira”, disse a esteticista Paula Silva, de 26 anos.
Para Sandra Gomes, 49 anos, primeiro deve-se voltar as aulas presenciais para depois discutir sobre novas disciplinas. “Os alunos têm que voltar à sala de aula. Porque não adianta ter um monte de disciplinas se não aprendem nem o básico.”
Rodrigo Pereira, 35 anos, que é marceneiro, acha que a inserção é interessante. “Eu concordo porque são duas coisas que fazem falta na vida das pessoas comuns. O Direito mesmo, é uma das coisas que nós não sabemos tanto. Eu mesmo, sou adulto e não sei de muita coisa. A outra disciplina de economia também é importante, né?!”
A proposta
A proposta em tramitação na Câmara dos Deputados insere o dispositivo na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. As disciplinas não obrigatórias serão incorporadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
“O direito constitucional, a macroeconomia e a microeconomia são tratados muito tangencialmente na BNCC”, afirmou o autor, deputado Emanuel Pinheiro Neto (PTB-MT). Segundo ele, esses conteúdos devem aparecer “de maneira mais presente e explícita”, de forma a orientar os currículos da educação básica.
A Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul ainda não se pronunciou sobre o tema.