20/05/2021 07:00
'Mães perderam sonhos naquele açougue': família de grávida que perdeu o bebê vai à Justiça
Tanto a mulher como o marido estão bastante abalados com toda a situação; mulher perdeu o bebê após médico mandar ela caminhar antes do parto
A família da mulher de 33 anos que perdeu o bebê horas após passar pela Maternidade Cândido Mariano, na última quinta-feira (13), vai entrar na Justiça por causa de possível negligência da equipe médica que atendeu a paciente, em Campo Grande.
Tanto a mulher como o marido estão bastante abalados com toda a situação e até o momento estão tendo dificuldades para retornar para casa. Ela, inclusive, passa alguns dias na casa de uma prima, que conversou com TopMídiaNews.
A família entrou em contato com um advogado e vai entrar na Justiça. Segundo a prima, isso serve de alerta para outras mães grávidas. "Não queremos que minha prima seja mais uma entre tantas mães que perderam seus sonhos naquele açougue que diz ser uma maternidade".
O pai procurou a maternidade nesta segunda-feira (17) para pegar a ficha médica de todas as vezes em que a esposa foi ao hospital. Contudo, em um primeiro momento, sofreu recusas da maternidade que não queriam entregar os prontuários. Já com a ajuda de um advogado e depois de muita espera, ele conseguiu sair com os documentos em mãos.
A possível negligência
Segundo boletim de ocorrência registrado pelo pai da criança, a esposa estava grávida de 41 semanas quando procurou atendimento na quarta-feira (12), já sentindo contrações. Ela foi avaliada e liberada, com solicitação para retorno no dia seguinte.
Às 7h56 de ontem, o casal retornou ao hospital, onde a mãe passou novamente por um médico. Desta vez, de acordo com o pai, o profissional disse que ela ainda não estava pronta para dar à luz e deveria fazer uma caminhada.
Pai e mãe passaram cerca de duas horas no Belmar Fidalgo, aguardando o horário de retornar à maternidade. Na volta, o desespero: o bebê não apresentava sinais vitais e a mãe foi submetida a uma cesárea de emergência. A criança nasceu sem vida.
O nome da família foi preservado pela reportagem, que obteve as informações com a polícia civil. A maternidade foi procurada para se posicionar e, assim que enviar um comunicado, ele será inserido ao texto.