06/05/2021 14:23
Solidariedade: família consegue enterrar bebê nascido morto em Campo Grande
Família agora deve entrar com um processo contra o médico que não fez o encaminhamento para a maternidade
A família de Eduarda de Brito, de 21 anos e que perdeu o bebê durante a 31° semana de gestação, conseguiu arrecadar os últimos R$ 500 que faltavam, ainda no início da tarde desta quinta-feira (6), para dar continuidade ao enterro do feto natimorto, conforme a irmã da jovem, Débora de Brito.
Para ser realizado o velório e o sepultamento, havia uma quantia a ser paga para a Pax, mas que inicialmente foram quitados os R$ 1 mil, restando os R$ 500 que foram arrecadados após ajuda da reportagem.
O bebê foi enterrado no cemitério Jardim da Paz, na saída para Sidrolândia. Débora explicou que a jovem Eduarda também esteve presente, mas logo voltaria para o hospital continuar com tratamento e retomar a medicação a base de antibióticos.
Agora, a família deve entrar com um processo contra o médico da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) das Moreninhas que tratou inicialmente de Eduarda, mas que não deu o devido encaminhamento para a maternidade, como é necessário durante a pandemia, como afirmou Débora.
No último sábado (1), Eduarda procurou a unidade com muitas dores, mas foi dispensada com medicamento. Na segunda-feira (3), ela foi até a casa de Débora e implorou por ajuda. Ela estava com 31 semanas de gestação.
“Ela chegou em casa e pediu, pelo amor de Deus, para levá-la ao médico e nós fomos para o Hospital Universitário, onde foi constatado que o bebê já estava morto dentro da barriga. A causa morte foi uma doença infecciosa e nós fomos até a UPA das Moreninhas para pegar os exames de pré-natal e ver se isso havia sido verificado, mas eles não acharam e disseram que havia se perdido”.