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06/05/2021 09:18

PM leva menina que sofria maus-tratos a uma lanchonete

Para polícia, criança disse que estava há dois dias sem se alimentar

06/05/2021 às 09:18 | Atualizado 06/05/2021 às 08:24 Nathalia Pelzl
Reprodução R7

A menina de 7 anos, que sofria maus-tratos no bairro Cumbica, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, foi levada até uma lanchonete antes de ser Polícia Civil, que deu continuidade às investigações.

A criança contou para os policiais militares que estava há dois dias sem comer. 

A mãe da criança é investigada pelo crime.

De acordo com as investigações iniciais, a mulher ameaçou a menina com chumbinho para que ela não comesse comida no lixo.

Conforme o portal R7, a PM chegou até o caso porque equipes policiais estavam se deslocando para outra ocorrência, quando encontraram uma mulher pedindo ajuda. Ela disse que sua vizinha agredia violentamente a própria filha.

A mulher ressaltou que, minutos antes, havia gravado os gritos da criança por meio de um áudio e mostrou aos policiais. 

No endereço, a mãe da criança negou o ato à Polícia Militar. As equipes, então, pediram que a mulher apresentasse a criança. Naquele momento, foi possível ver as marcas de agressões no rosto, cabeça, nariz e mãos da menina.

A garota estava física e psicologicamente abalada, segundo a Polícia Militar. A criança relatou aos agentes que foi violentada sexualmente pelo pai, quando era mais nova, e que fazia tratamentos psicológicos por conta disso.

A garota contou ainda que quando a mãe quer castigá-la, por algum motivo, a coloca de joelhos na cozinha, durante toda a madrugada, com as luzes acesas, a privando de dormir.

A criança também foi agredida com pedaços de mangueira, socos e chutes. A mãe foi conduzida ao 7º Distrito Policial, de Guarulhos, junto com a vizinha, que testemunhou os fatos. 

A criança foi socorrida e o médico constatou lesões nas costas, tórax, barriga, face, cabeça, nos dois braços, nas duas pernas, pés e mãos.

A equipe médica solicitou exames e prescreveu medicações. A mãe não ficou presa e será investigada por maus-tratos. O delegado solicitou apoio do Conselho Tutelar, que deixou a criança sob os cuidados de um casal de primos da mãe.