08/04/2021 13:32
Dr. Jairinho praticou sessão de tortura contra Henry semanas antes da morte
Ele desferia socos e chutes contra a criança
A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirma que o vereador Dr. Jairinho teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra o menino Henry Borel, seu enteado, semanas antes do garoto morrer.
Segundo as investigações, a mãe de Henry, Monique Medeiros, tinha conhecimento das agressões. Jairinho teria se trancado no quarto do apartamento do casal para bater no menino.
Conforme o G1, o casal foi preso na manhã desta quinta-feira (8) na casa de parentes de Monique em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Segundo os investigadores, a prisão ocorreu porque a mãe de Henry e Jairinho atrapalharam as investigações da morte da criança e ameaçaram testemunhas.
Embora o inquérito ainda não tenha sido concluído, a polícia acredita que Henry foi assassinado. Falta esclarecer como o crime foi cometido.
Chutes e golpes na cabeça
Investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) suspeitam que o vereador agrediu o menino com chutes e golpes na cabeça e que a mãe sabia.
Em 12 de fevereiro, Monique descobriu que Jairinho estava trancado no quarto do apartamento com Henry. Segundo a polícia, a mãe estranhou que ele tenha chegado cedo em casa.
No dia seguinte ao enterro do filho, Monique passou a tarde no salão de beleza de um shopping na Barra da Tijuca.
Comportamento suspeito
A polícia ouviu pelo menos 18 testemunhas e reuniu provas técnicas que descartam a hipótese de acidente — levantada pela mãe da criança em seu termo de declaração na delegacia.
Os policiais descobriram ainda que, após o início das investigações, o casal apagou conversas de seus telefones celulares. Suspeitam, inclusive, que eles tenham trocado de aparelho.
A perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) usou um software israelense, o Cellebrite Premium, comprado pela Polícia Civil no último dia 31 de março, para recuperar o conteúdo.